20 julho, 2025
domingo, 20 julho, 2025

O tarifaço americano e a economia baiana

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Decisão de Trump com o Brasil está movimentando o mercado

As relações comerciais entre países desempenham um papel crucial no funcionamento das economias. Elas são mais do que simples trocas de mercadorias; envolvem parcerias estratégicas e participações em cadeias de valor globais, que podem impulsionar ou frear o desenvolvimento econômico. No entanto, a recente decisão do presidente americano Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto, representa uma séria ameaça à competitividade do Brasil e, em especial, da Bahia. Nossos produtos, agora, enfrentarão um aumento significativo nos preços no mercado norte-americano.

O jogo de manipulação política exercido pelo governo Trump não apenas afronta a soberania do Brasil, mas também tem o potencial de gerar consequências desastrosas: retração do crescimento econômico, desvalorização da moeda e aumento da inflação são riscos palpáveis. Importante ressaltar que os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais da Bahia; em 2024, exportamos cerca de US$ 882 milhões para o mercado americano, incluindo produtos como pneumáticos, manteiga de cacau e café não torrado, segundo dados do ComexStat.

A proposta tarifária do governo Trump nos deixa em uma posição vulnerável. O aumento dos custos pode comprometer nossa competitividade, reduzindo os volumes exportados e acumulando estoques, o que afeta diretamente a receita dos produtores. Entre 2019 e 2022, a Bahia já sofreu com a redução dos investimentos de bancos públicos no estado, e agora enfrentamos a possibilidade de perder competitividade novamente.

É preocupante que alguns líderes políticos de extrema-direita estejam aplaudindo essa medida, mesmo cientes de que o agronegócio — a base de seu lastro político — será duramente impactado. Estamos em alerta nesse cenário de conflitos tarifários, pois a economia do estado deve sofrer impactos diretos e indiretos nas exportações, além de riscos na nossa indústria, que depende de insumos essenciais dos EUA. Retaliações podem resultar em mais tarifas, aumentando ainda mais os custos de produção e colocando em risco a nossa industrialização.

Acima de decisões unilaterais e intransigentes, há um compromisso inabalável do Governo da Bahia com o desenvolvimento de nosso estado e a manutenção de nossa soberania, em sintonia com o governo de Lula. Somos a Bahia — um estado forte, resiliente e corajoso.

O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a disseminar essa informação importante!

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