Foto: Pablo Jacob/Governo de SP/Divulgação
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), negou neste sábado (12/7) qualquer contato com o Supremo Tribunal Federal (STF) para solicitar autorização a fim de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) possa viajar aos Estados Unidos. Esta negação surge em meio à crescente polêmica desencadeada pelo recente tarifaço anunciado pelo presidente americano Donald Trump contra o Brasil.
“Eu fiz alguma petição lá? Peticionei alguma coisa? Isso é bobagem”, respondeu Tarcísio, em coletiva à imprensa durante visita a Cerquilho, no interior paulista.
A polêmica ganhou força com a ação do deputado do PT, Lindbergh Farias (RJ), que protocolou uma petição no STF solicitando a investigação do governador por suposta obstrução da justiça. De acordo com Farias, Tarcísio teria feito “ligação direta a ministros do Supremo” para viabilizar a viagem do ex-presidente.
A denúncia do deputado foi feita após a divulgação de uma carta de Trump, que pede o encerramento do processo contra Bolsonaro.
- O governador comentou que sua única ação, após a introdução de uma sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras, envolveu um encontro com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil.
- “A diplomacia brasileira, ao longo dos anos, sempre se saiu muito bem. Estamos tentando fornecer à embaixada americana mais informações sobre nossa perspectiva”, afirmou.
- Essa reunião provocou descontentamento entre alguns apoiadores de Bolsonaro, que acreditam que a anistia para o ex-presidente deve ser parte das negociações para terminar o tarifaço.
- Tarcísio defendeu que sua prioridade é o Estado de São Paulo, afirmando: “Eu sou governador, e existenciais como empregos e a situação dos nossos produtores devem estar em primeiro lugar”.
- Após responsabilizar a diplomacia do governo Lula pela decisão de Trump, Tarcísio convocou a união nacional, pedindo que as questões políticas sejam deixadas de lado para focar na solução do problema.
- “O momento requer um esforço conjunto. É uma situação desafiadora para o Brasil e nossa indústria. Precisamos estar unidos agora”, concluiu.
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