19 julho, 2025
sábado, 19 julho, 2025

Governo projeta PIB maior e inflação menor para 2025; agro recua, mas indústria e serviços avançam

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Boletim Macrofiscal

Em uma reveladora coletiva de imprensa, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda anunciou avanços nas projeções econômicas para o Brasil em 2025. O Boletim Macrofiscal, divulgado na última sexta-feira (11), evidencia um aumento na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que agora é de 2,5%, superando os 2,4% estimados anteriormente. Além disso, a perspectiva de inflação, medida pelo IPCA, foi revisada para 4,9%, uma leve queda em relação aos 5,0% anteriores. Essa mudança foi impulsionada pela inflação inferior ao esperado em maio e junho e pela expectativa de um real mais fortalecido em relação ao dólar nos próximos meses.

Para os anos seguintes, as expectativas se mantém realistas: o IPCA para 2026 permanece em 3,6%, enquanto o INPC de 2025 foi ajustado, reduzindo-se de 4,9% para 4,7% e o IGP-DI de 5,6% para 4,6%. O crescimento do PIB para 2026 está projetado em 2,4%, refletindo uma tendência de aumento moderado e sustentável na economia.

Desempenho Setorial: Desafios e Oportunidades

O boletim destaca um cenário misto nos setores econômicos. A agropecuária, tradicionalmente robusta, prevê uma retração no segundo semestre, enquanto a indústria e os serviços devem apresentar sinais de crescimento. O relatório observa que, na perspectiva da demanda, a expansão da absorção interna deve esfriar, mas o setor externo poderá proporcionar uma contribuição significativa ao desempenho econômico, evidenciando uma transição marcada pela crescente relevância das exportações.

Dívida Pública e Projeções da Economia

O Boletim de julho também abordou a dívida pública, que permanece em 80,3% do PIB conforme estimativas anteriores, refletindo uma leve queda em comparação aos 80,7% registrados em fevereiro. O secretário Guilherme Mello expressou otimismo em relação ao ajuste das previsões do mercado, ressaltando que em 2023 a dívida efetiva ficou abaixo de 80%, o que mostra a variabilidade e sensibilidade desses dados ao contexto econômico.

Apesar das previsões de uma tendência crescente da dívida, o mercado financeiro começou a ajustar suas previsões, alinhando-se mais com as estimativas da SPE. Mello indicou que as projeções estão sujeitas a incertezas, mas também a uma necessidade de análises mais frequentes.

Estabilidade no Resultado Primário

As expectativas para o resultado primário de 2025 permanecem estáveis. A mediana das previsões de instituições consultadas aponta para um déficit de R$ 72,11 bilhões, equivalente a 0,57% do PIB. Recentemente, os dados tornaram a se aproximar das estimativas de maio, que previam um déficit de R$ 72,69 bilhões. Vale lembrar que, em julho de 2024, a projeção era de R$ 95,34 bilhões, resultando em uma melhora substancial nas expectativas atuais.

É relevante notar que as estimativas ainda não incluem a dedução de R$ 45,32 bilhões relacionada ao pagamento de precatórios, que poderia reduzir o déficit projetado a R$ 26,79 bilhões, abaixo do limite inferior da meta fiscal de R$ 31,07 bilhões. Esse panorama encoraja uma expectativa positiva para o cumprimento das metas fiscais previstas para 2025.

Acompanhe as atualizações e compartilhe suas opiniões! O que você acha dessas projeções econômicas? Estamos curiosos para saber seu ponto de vista!

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