18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

‘Temos atuado em várias frentes para ampliar o acesso à leitura’

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Sandro Magalhães,  diretor-geral da Fundação Pedro Calmon

A Fundação Pedro Calmon tem se destacado na ampliação do acesso à leitura e na preservação da memória cultural da Bahia. Em uma conversa reveladora, o doutor Sandro Magalhães, atual diretor-geral, compartilha como a instituição está moldando o futuro literário do estado através de iniciativas inovadoras.

Recentemente, a fundação lançou a REDE FPC, uma estratégia que visa mapear e fortalecer os agentes locais que atuam nas áreas de leitura, bibliotecas e arquivos. “Desejamos criar um panorama colaborativo e, ao mesmo tempo, fortalecer a rede que defende o direito à leitura e à cultura”, explica Magalhães. A criação dessa rede não é apenas um passo administrativo; é um compromisso com a democratização cultural.

A REDE FPC não apenas mapeia as necessidades, mas também constrói um cadastro colaborativo onde bibliotecas, educadores e agentes culturais podem se conectar e compartilhar experiências. Isso permitirá que a fundação desenvolva políticas públicas mais eficazes, fundamentadas em dados reais e nas demandas específicas de cada território.

São quatro programas que integram a REDE FPC: Bahia Literária, Bibliorede Bahia, Conectar Arquivos e Nossas Memórias. Cada um desempenha um papel crucial na valorização da cultura e da leitura. Por exemplo, o Bahia Literária promove eventos literários e a produção local, enquanto o Bibliorede Bahia se dedica a fortalecer bibliotecas públicas e comunitárias.

A fundação também investe significativamente em eventos literários, com um aporte de R$ 24,3 milhões para apoiar festas e feiras. Essa ação, considerada a maior do Brasil, é parte de um esforço contínuo para cultivar o gosto pela leitura entre os baianos. Magalhães ressalta: “Essas iniciativas são fundamentais para formar leitores e valorizar as expressões literárias locais.”

Além disso, a atualização dos acervos das bibliotecas públicas estaduais é uma prioridade. O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas da Bahia não só garante o acesso ao livro e à informação, mas também presta suporte técnico a bibliotecas municipais e comunitárias. A fundação busca não apenas reposicionar os acervos, mas revitalizar as bibliotecas como centros ativos de cultura e conhecimento.

No campo da preservação, o Arquivo Público do Estado da Bahia desempenha um papel vital, reunindo mais de 5 milhões de documentos da história baiana. O processo de digitalização, iniciado no século XXI, visa garantir que muitos desses documentos estejam acessíveis ao público, além de preservar a memória cultural.

Com 40 anos de história, a Fundação Pedro Calmon se prepara para uma celebração emblemática em 2026. O lançamento da REDE FPC não é apenas uma nova fase, mas um avanço significativo em sua trajetória, estabelecendo uma conexão direta com públicos diversos e ampliando as possibilidades de diálogo e colaboração.

A dedicação da fundação em transformar a leitura em um direito acessível é uma missão contínua. Através de parcerias, investimentos e a valorização da cultura local, está se construindo uma Bahia mais leitora e inclusiva.

Você está pronto para se envolver nessa mudança? Deixe seu comentário ou compartilhe suas experiências de leitura com a gente!

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