17 julho, 2025
quinta-feira, 17 julho, 2025

PF indicia empresário e advogado por tentar ocultar provas em operação

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Imagem destacada da operação

Um novo capítulo da Operação Sisamnes se desenrola, com a Polícia Federal (PF) indiciando o empresário Diego Cavalcante Gomes e o advogado Marco Antônio de Magalhães Guimarães por tentativas de embaraçar uma investigação de organização criminosa. A operação, que lança luz sobre um suposto esquema de venda de decisões judiciais e lavagem de dinheiro, chegou a esse ponto tenso ao abordar a obstrução das investigações.

Diego, que se entregou à PF em 15 de maio de 2025, é descrito como o operador financeiro de um lobista e suspeito. O indiciamento se baseia na tentativa dele de ocultar seu celular durante um mandado de busca em sua residência, especificamente no dia 13 de maio de 2025. A narrativa desgosta ao revelar um padrão de obstrução que visa proteger interesses ilegais.

De acordo com o relatório final da PF, Diego e Marco Antônio mobilizaram um terceiro – o personal trainer da família – em um esforço desesperado para recuperar o aparelho celular arremessado para um terreno vizinho durante a operação policial. O incômodo da manhã do dia 13 deu início a uma série de eventos intrigantes: a esposa de Diego, Raquel Monica da Silveira, contatou o personal trainer, que foi logo orientado por Marco Antônio a “procurar o celular” em residências vizinhas, alegando uma simples briga de casal.

A movimentação foi registrada por câmeras de segurança, mostrando o personal trainer realizando buscas em pelo menos três lares vizinhos, sem sucesso. Contudo, a defesa de Diego argumenta que o celular estava na assistência técnica desde o dia 10 de maio, apresentando um e-mail de agendamento para corroborar sua versão. No entanto, a PF rejeita essa explicação, enfatizando que a urgência da busca sugere claramente uma tentativa de encobrir algo mais significativo.

O delegado Marco Bontempo contestou a justificativa, destacando que o ato do personal trainer não poderia ser considerado uma decisão autônoma. A PF insinuou que mesmo que o celular mencionado estivesse na assistência, poderia haver um segundo aparelho, possivelmente de maior interesse na investigação, que estaria sendo encoberto intencionalmente.

A situação do personal trainer, que foi preso preventivamente, também é delicada. Ele declarou que não tinha conhecimento da operação e agiu por gratidão a Diego, que patrocinara sua viagem para uma competição. A PF, reconhecendo sua falta de entendimento sobre a gravidade dos eventos, decidiu não imputar nenhuma pena, considerando que ele não teve participação consciente no crime.

Em um pronunciamento de 26 de junho de 2025, o delegado Bontempo argumentou pela manutenção da prisão preventiva de Diego Cavalcante, sustentando que sua tentativa de obstruir a investigação demonstra uma intenção clara de interferir na Justiça. O caso agora aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinará os próximos passos dessa investigação polêmica e o destino dos indiciados.

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