
Na madrugada de 17 de julho de 2025, a Câmara dos Deputados foi palco de um intenso embate entre os parlamentares Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Célia Xakriabá (Psol-MG). A confusão, que escalou rapidamente, resultou na necessidade da presença da Polícia Legislativa para manter a ordem.
O grau de tensão era reflexo da discussão em torno de um Projeto de Lei que altera as regras do licenciamento ambiental. Kim, representante do Movimento Brasil Livre (MBL), denunciou que a oposição ao projeto vem de motivos pessoais e financeiros, ao afirmar: “Agora eu quero falar aqui para esse Plenário qual é a verdadeira razão de ter tanta oposição para o direito do licenciamento ambiental: é dinheiro, é grana, é esquema”.
Em retaliação, Célia se dirigiu ao colega com palavras afiados: “Primeiro esse deputado estrangeiro, esse deputado reborn que acabou de falar e quer ter o direito de falar da questão indígena. O senhor não sabe da história, portanto o senhor fica quieto, o senhor é estrangeiro aqui, tinha de pedir perdão para os povos indígenas”. A troca de farpas intensificou a polarização já existente no plenário.
Ainda naquela madrugada, a Câmara acabou por aprovar o Projeto de Lei Nº 2.159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental e permite a operação de obras consideradas estratégicas, um movimento que gerou uma onda de críticas por parte de ambientalistas, preocupados com as implicações para a proteção das áreas ambientais.
O clima tenso nos corredores da Câmara não é algo isolado; reflete um cenário de intensas disputas ideológicas em um momento crucial para as políticas ambientais do Brasil. Como você vê essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!