O mercado financeiro teve um dia de ajustes, com o dólar encerrando a sessão desta quinta-feira (17) cotado a R$ 5,5472, uma queda de 0,26%. Nas horas que antecederam o fechamento, a moeda chegou a estar acima de R$ 5,60, acompanhando a alta do dólar no exterior.
A oscilação na taxa de câmbio reflete a falta de movimentos expressivos nas negociações, especialmente após uma recente alta que levou o dólar a superar a barreira de R$ 5,55. O clima tenso nas relações comerciais, impulsionado pelas políticas tarifárias de Trump, levou investidores a realizarem lucros e reconsiderarem posições defensivas.
Durante a tarde, a moeda americana teve mínimas atribuídas a ajustes em um ambiente de baixa liquidez. O aumento dos preços do petróleo e a melhora no apetite ao risco, com o Ibovespa apresentando recuperação e as bolsas de Nova York alcançando novas máximas, também contribuíram para a valorização do real. Entretanto, o volume financeiro no contrato futuro de dólar para agosto permaneceu abaixo de US$ 10 bilhões.
No cenário político, a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de restabelecer o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), não teve impacto significativo nas transações do dia. Os investidores permaneceram atentos às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em entrevistas, prometeu dar a “resposta certa” a Trump e mencionou a intenção de taxar empresas digitais americanas, embora sem detalhes específicos.
No cenário internacional, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, operou em alta, subindo cerca de 0,20%. Com vendas no varejo nos EUA crescendo 0,6% em junho, acima das expectativas, economistas alertam para uma possível desaceleração do consumo. O clima nos EUA foi reforçado por declarações da presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, que considera dois cortes nas taxas de juros um “cenário razoável”, enquanto Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, mostrou cautela em relação a cortes no curto prazo.
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