Itamaraju vive um paradoxo econômico que expõe o abismo entre o discurso político e a realidade nas ruas. Em maio alertamos sobre a lentidão nos processos de abertura de empresas em Itamaraju, novos dados, disponíveis aqui, referentes a junho/2025 mostram que o tempo de abertura de empresas para 12 horas e 30 minutos.
Essa ineficiência e a recente elevação do IPTU favorece a criação de ambiente hostil ao empreendedorismo e ajuda bloquear potenciais perspectivas de crescimento econômico sustentável de nosso município refletindo em baixo número de pessoas empregadas e elevado contingente de pessoas recebendo Bolsa Família.
Essa percepção é confirmada por dados do CAGED referente a maio/2025 os quais informa que em Itamaraju há apenas 6.403 trabalhadores com carteira assinada (CLT). Já dados do Ministério de Desenvolvimento Social mostra que em Itamaraju há 8.445 pessoas recebendo Bolsa Família.
A título de comparação a estimativa da população disponível no portal IBGE Cidades em 2024 Itamaraju alcançou um total de 62.065 habitantes. Desse total, 6.665 ou 10,7% da população são idosos aposentados com 65 anos ou mais, 13.603 ou 21,9% dos habitantes são crianças e adolescentes até 14 anos e 41.795 ou 67,3% dos Itamarajuenses são pessoas em idade economicamente ativa com idade entre 15 e 64 anos.
Essa realidade evidencia que a gestão municipal precisa de forma urgente criar melhores condições no município para capacitar essa mão de obra economicamente ativa, incentivar os pequenos negócios como fornecer melhores condições para os vendedores de roupa próximo a feirinha que ficam enfrentam chuva e o sol escaldante embaixo de barracas cobertas por plástico.
Abrigar as duas barracas de lanche em frente ao SAC não contempladas com locais na praça de alimentação da nova praça Castelo Branco. Firmar convênio com indústria de vassouras feitas com garrafa PETs mostrada aqui em que a prefeitura implemente a coleta seletiva instale pontos de deposição de garrafas de plástico e compre as vassouras produzidas (atualmente os garis compram com seu próprio dinheiro as vassouras para limpar a cidade).
A implantação da coleta seletiva e de uma fábrica de reciclagem também proporcionará mais dignidade as famílias que atualmente obtém seu sustento do lixão de Itamaraju. Ativar de vez o polo industrial de Itamaraju (falando nisso o que aconteceu com o polo industrial de Itamaraju????).
Outra medida que contribuirá para geração de renda é revitalizar as estradas municipais e cobrar do governo estadual e do consórcio Construir a pavimentação da BA 690 que liga o entroncamento de Nova Alegria a São João da Prata passando por Pirajá e Piragi e da BA 126 que liga Nova Alegria a São João da Prata passando por Itabrasil favorecendo o escoamento da produção agrícola de fazendas e associações em conjunto com a adoção de políticas públicas como o projeto Câmbio Verde existente em São Bento do Sul cidade de 85 mil habitantes mostrada no globo rural onde os habitantes trocam recicláveis secos por frutas e verduras e o município paga ao produtor rural incentivando o desenvolvimento do produtor rural e dos reciclados. Usar incentivo federal para aumentar a reciclagem em Itamaraju.
São ações assim que evitam que Itamaraju fique presa a um sistema que cobra caro, entrega pouco e bloqueia o futuro de sua própria população.
