CRISE?
Antigos aliados agora acusam Marcola de traição e disputam o controle da facção
Por Redação
18/07/2025 – 15:07 h

Disputa de poder que antes era silenciosa veio à tona com declarações públicas –
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Uma sentença de 80 anos imposta a Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, por sua participação na morte do agente penitenciário Alex Belarmino, expôs fissuras na cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC). A rivalidade, antes discreta, emergiu com declarações públicas envolvendo traição, delação e desacordo entre os líderes históricos da facção.
Durante o julgamento, as figuras de destaque não hesitaram em criticar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Sob a acusação de traição e fraqueza na liderança, Marcola se tornou o foco de uma crise sem precedentes, confrontado por antigos aliados: Tiriça, Wanderson Nilton de Paula Lima (Andinho) e Abel Pacheco (Vida Loka).
Tiriça, o ex-braço forte do PCC
Tiriça, preso desde 2012, construiu sua notoriedade após um audacioso assalto ao Aeroporto Internacional de Brasília em 2000, que rendeu 61 quilos de ouro, e inspirou a série “A Teia”. Seu histórico criminal se intensificou com o assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo em 2017, um crime considerado retaliação ao sistema prisional, e que acentuou a crise no PCC.
Após esse crime, Marcola o rotulou de “psicopata” em uma conversa, o que culminou em um rompimento definitivo. Com isso, Tiriça e seus aliados, Andinho e Vida Loka, lançaram uma campanha aberta contra Marcola, enquanto ele tentava manter o apoio do alto comando da facção.
Andinho: o sequestrador recordista de penas
Wanderson de Paula Lima, conhecido como Andinho, destaca-se como uma das figuras mais temidas do crime brasileiro. Com penas acumuladas de 705 anos, sua trajetória inclui uma série de sequestros em Campinas e ataques com explosivos contra veículos de imprensa. Seus laços com o PCC remontam aos anos 1990, e mesmo foragido, continuou a repassar recursos para a facção.
A parceria entre Tiriça, Andinho e Vida Loka gerou planos de ataques impactantes, mas o racha alterou essa dinâmica de poder.
Vida Loka: o radical da cúpula
Abel Pacheco, ou Vida Loka, possui 47 anos de condenações por uma variedade de crimes e, por muito tempo, segurou o posto de “número 2” do PCC. Negando afiliações, seu envolvimento na comunicação estratégica da facção o deixou em uma posição crítica, até sua ruptura com Marcola, culminando em acusações de traição.
Guerra declarada
A expulsão de Tiriça, Andinho e Vida Loka, agora acompanhada de trocas incessantes de acusações, coloca o PCC em um de seus momentos mais críticos. A estrutura que antes se destacava pela disciplina rígida e comunicação eficaz entre as lideranças agora enfrenta uma crise severa.
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