O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), fez uma defesa contundente do comércio na emblemática Rua 25 de Março, afirmando que a atividade comercial na região não pode ser classificada como ilegal. Esta declaração surge em meio a uma investigação comercial iniciada por ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que inclui a famosa rua paulistana em seu escopo. Nunes ressaltou que a fiscalização da venda de produtos falsificados é responsabilidade da Receita Federal e de órgãos de combate à pirataria, com a colaboração da prefeitura.
A Univinco, associação que representa os comerciantes locais, reforçou a relevância da 25 de Março, destacando que é um dos maiores polos comerciais do país, com mais de 3.000 estabelecimentos regulares, que geram empregos e contribuem com impostos. Embora existam algumas práticas de comércio irregular, como a pirataria, essa problemática é monitorada e combatida por entidades competentes. A maioria dos lojistas opera de forma legal, oferecendo em sua maioria produtos importados da China, desvinculados diretamente dos interesses norte-americanos.
Analistas ponderam que a investigação americana pode trazer repercussões para a competitividade dos mercados informais, especialmente em relação a mercadorias chinesas que muitas vezes entram no Brasil sem o pagamento adequado de impostos, criando um cenário desigual para os concorrentes.
A investigação ganhou notoriedade internacional, já que o Brasil é o primeiro país a ter uma rua específica mencionada nesse contexto. Especialistas alertam que as implicações vão além da esfera comercial, tocando em questões políticas. O histórico de negociação de Donald Trump indica que há espaço para um diálogo construtivo, levando a possíveis revisões nas tarifas. O vice-presidente Geraldo Alckmin comentou que o Brasil se preparará para responder à investigação, buscando uma negociação rápida, lembrando-se do sucesso em renegociar tarifas pesadas sobre o aço em 2016.
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