19 julho, 2025
sábado, 19 julho, 2025

Argentina anuncia início de processo de privatização de empresa estatal de água

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Presidente Javier Milei discutindo privatização na Argentina

Na última sexta-feira (18), o governo argentino, sob o comando do presidente Javier Milei, deu o primeiro passo rumo à privatização da AySA (Agua y Saneamientos Argentinos), a estatal responsável pelo fornecimento de água e saneamento em Buenos Aires e suas periferias, que atende cerca de 11,2 milhões de pessoas. Essa medida integra um audacioso programa econômico, que já apresentou resultados significativos, como a redução da inflação de alarmantes 211% para 118% em apenas um ano e um superávit nas contas públicas após mais de uma década.

A privatização da AySA foi contemplada na chamada “lei de bases”, uma legislação aprovada no ano passado que inclui um pacote de reformas econômicas e a listagem de diversas empresas estatais suscetíveis à privatização. Em coletiva de imprensa, o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, defendeu a mudança afirmando que “a privatização da empresa permitirá modernizar o setor e melhorar o preço e a qualidade do serviço” a ser prestado.

O plano prevê a transferência de 90% das ações atualmente controladas pelo governo para investidores privados, por meio de uma licitação pública nacional e internacional. Além disso, será feita uma oferta pública inicial para atrair outros investidores interessados em participar da empresa. Um ponto interessante é que os atuais funcionários da AySA se tornarão acionistas, mantendo 10% do capital social.

Com 6.202 colaboradores, a AySA tem um histórico que remonta a 1993, quando foi concedida à companhia francesa Suez, somente para ser reestatizada em 2006 pelo governo de Néstor Kirchner. Desde a sua reestatização, a empresa necessitou de aportes significativos do tesouro argentino, totalizando 13,4 bilhões de dólares até 2023. Contudo, em 2024, já registrou um superávit pela primeira vez desde 2007, sinalizando uma recuperação gradual.

A diversidade de opiniões sobre essa privatização é grande: será que essa mudança realmente trará os benefícios prometidos? O que você pensa sobre essa transformação no setor vital de água e saneamento? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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