Os três Poderes da República sempre mostraram uma tolerância excessiva em relação a Jair Bolsonaro, mas agora é hora de refletir. A frase de Golbery do Couto e Silva, “Criei um monstro”, ressoa com força ao lembrar como muitos, antes, ajudaram a moldar essa figura pública. Ele se tornou um símbolo do autoritarismo que, sem controle, transformou-se em um verdadeiro desafio às instituições.
Não espere arrependimento de Bolsonaro. Desde a pandemia, ficou claro que ele não hesita em agir de forma contraditória, como quando incentivou seus colaboradores a se vacinarem, mas fazia questão de se distanciar disso na frente de seus seguidores. Enquanto sua família se vacinava, ele optava pela falsificação de documentos, movido pelo medo de restrições ao viajar para os EUA.
Por três décadas, o Congresso o tratou como um político comum, ignorando sua retórica extremista e a defesa da ditadura. Sua postura agressiva contra colegas, inclusive a infame ofensa à deputada Maria do Rosário, passou desapercebida, sem punições que refletissem a gravidade de suas ações. As consequências dessa ausência de responsabilidade são evidentes agora.
Assim que assumiu a presidência, Bolsonaro começou a atacar o Supremo Tribunal Federal e a disseminar desconfiança nas urnas eletrônicas, uma semente que, mesmo após o golpe mal-sucedido, continua a germinar. A influência de aliados, como o antigo presidente dos EUA, também alimenta essa dinâmica, resultando em consequências diretas para o governo de Lula.
Com uma narrativa quase mística de sobrevivência, Bolsonaro agora busca milagres que o isentem das consequências de suas ações. O que ele precisa entender é que as restrições impostas a ele são apenas um ensaio do que está por vir. O futuro reserva desafios e consequências para quem semeia a discórdia. Uma preparação é essencial; é hora de todos se acostumarem com essa nova realidade, que promete ser intensa e implacável.
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