
Em uma reviravolta no mercado financeiro, o dólar registrou uma queda de 0,47% nesta terça-feira (15), encerrando o dia a R$ 5,55. Essa movimentação foi impulsionada pela expectativa de diminuição das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, especialmente após a recente declaração do ex-presidente Donald Trump, que pareceu abrir espaço para negociações futuras sobre tarifas. A moeda americana, que havia acumulado uma alta de 2,54% em quatro pregões, agora demonstra a possibilidade de ajustes técnicos e realização de lucros.
Logo no início da tarde, o dólar chegou a alcançar R$ 5,60, mas rapidamente voltou a cair. Os operadores do mercado mostraram-se aliviados com a mudança de tom nas declarações de Trump, que, apesar de afirmar que Jair Bolsonaro não é seu amigo, fez uma avaliação positiva do ex-presidente, o que indicou um clima mais ameno nas relações entre os dois países.
O Ibovespa, por sua vez, tentou reverter a sequência negativa que o acompanha desde que atingiu a marca histórica de 141 mil pontos em 4 de julho. Com um movimento de alta e baixa, encerrou próximo da estabilidade, marcando 135.250,10 pontos e um giro de R$ 18,2 bilhões. No entanto, ainda acumulava quedas de 0,69% na semana e 2,60% no mês. Este fechamento representa o menor nível desde 7 de maio, quando o índice estava na casa dos 133 mil pontos.
A sessão foi marcada por novos dados de inflação dos EUA e um olhar atento do mercado sobre as recentes medidas tarifárias adotadas pelo governo Trump. Em Brasília, o clima político ainda estava em ebulição, com investidores aguardando um encontro de conciliação entre o governo e o Congresso em relação ao IOF, que está sendo mediado pelo Supremo Tribunal Federal.
Dentre as principais instituições financeiras, o Santander destacou-se com uma alta de 2,28%, seguido pelo Banco do Brasil com 1,06%. O dia trouxe também algumas surpresas na ponta ganhadora do Ibovespa, como CVC, que subiu 6,55%, e São Martinho, com 3,67%. Em contrapartida, a Vale e Bradespar enfrentaram recuos de 2,37%, assim como MRV e RD Saúde, que apresentaram perdas consideráveis.
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