20 julho, 2025
domingo, 20 julho, 2025

Brasil inaugura maior biofábrica do mundo de mosquitos “do bem”

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Imagine um futuro onde os mosquitos, frequentemente vistos como vilões, tornam-se aliados na luta contra doenças. No último sábado, o Brasil deu um passo audacioso nessa direção ao inaugurar a Wolbito do Brasil, a maior biofábrica do mundo dedicada à criação do mosquito Aedes aegypti, inoculado com a bactéria Wolbachia. Esta bactéria tem a capacidade de drenar a força viral do mosquito, tornando-o incapaz de transmitir doenças como dengue, chikungunya e zika.

Localizada no Paraná, essa biofábrica, operada por 70 funcionários, tem uma impressionante capacidade de produção de 100 milhões de ovos por semana. A unidade será inicialmente dirigida ao Ministério da Saúde, que selecionará os municípios baseando-se em mapas de incidência das arboviroses. Desde 2014, o método tem sido testado em áreas do Brasil, demonstrando resultados promissores ao reduzir drasticamente a contaminação e os custos de tratamento.

A história do Wolbachia começou em locais como Tubiacanga e Jurujuba, no Rio de Janeiro, e se expandiu para cidades como Londrina e Foz do Iguaçu. Várias outras localidades estão se preparando para receber essa inovação, incluindo Presidente Prudente e Natal. O modelo não envolve mosquitos transgênicos e complementa outras estratégias de controle e prevenção.

O método utiliza a força da natureza; ao liberar mosquitos infectados com a Wolbachia no ambiente, eles se misturam com a população local, resultando em descendentes que carregam a bactéria. Essa dinâmica fará com que o ciclo de transmissão das arboviroses se reduza consideravelmente. Com a expectativa de altos retornos financeiros — para cada R$ 1 investido, estima-se uma economia entre R$ 43,45 e R$ 549,13 em tratamentos — a iniciativa se mostra não apenas inovadora, mas também financeiramente viável.

Durante a cerimônia de inauguração, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que essa colaboração entre a Fiocruz e o Tecpar coloca o Brasil na vanguarda de uma tecnologia que pode inspirar outras nações. O desafio agora é engajar a população e informar sobre o funcionamento e a importância desse método. E você, o que pensa sobre essa inovação no combate às arboviroses? Comente abaixo e compartilhe suas ideias!

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