22 julho, 2025
terça-feira, 22 julho, 2025

Duas vacinas comuns podem reduzir o risco de demência, sugere estudo

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Duas vacinas, frequentemente recomendadas para os mais velhos, podem fazer mais do que prevenir infecções: um novo estudo revela que elas podem reduzir o risco de demência em até 38%. A pesquisa, publicada na revista NPJ Vaccines, analisou dados de mais de 130 mil pessoas nos Estados Unidos, e os resultados são promissores para a saúde mental dos idosos.

Os pesquisadores focaram em vacinas contra o herpes-zóster e o vírus sincicial respiratório (VSR), ambas indicadas para essa faixa etária. O estudo sugere que o adjuvante AS01, presente nessas vacinas, não só potencializa a resposta imunológica, mas também pode oferecer proteção contra o declínio cognitivo.


O que é demência?

  • Demência engloba um conjunto de sintomas, como esquecimentos frequentes, repetição de perguntas e dificuldades para lembrar de nomes.
  • O SUS oferece diagnóstico e tratamento através de centros de referência e unidades básicas de saúde.
  • Um diagnóstico precoce permite ações terapêuticas que podem retardar sintomas e melhorar a qualidade de vida.
  • A maioria dos casos de demência pode ser prevenido ou retardado, com dados do Ministério da Saúde indicando até 45% de prevenção.
  • Os principais tipos incluem: Alzheimer, demência vascular e demência frontotemporal.

Comparando os dados, os idosos vacinados contra herpes-zóster apresentaram um risco 18% menor de demência em 18 meses, enquanto aqueles que tomaram a vacina do VSR apresentaram uma redução de 29%. Aqueles que se vacinaram com ambas mostraram uma surpreendente diminuição de 37% no risco em relação aos que tomaram apenas a vacina da gripe.

Intrigantemente, os efeitos protetores parecem estar mais associados ao adjuvante AS01 do que à resposta imunológica geral à infecção. A proteção emergiu rapidamente após a vacinação, sugerindo que vacinas podem ativar vias imunológicas no cérebro, contribuindo para a saúde cognitiva mesmo na ausência de infecções.

Estudos anteriores já conectaram infecções comuns a um risco elevado de demência, o que fornece um contexto para essa pesquisa inovadora. O que torna esses achados ainda mais intrigantes é a possibilidade de que vacinas possam não apenas prevenir doenças, mas também ajudar o cérebro a manter funções essenciais ao ativar seu sistema imunológico.

Ambas as vacinas estão disponíveis no Brasil, mas apenas em clínicas particulares: a de herpes-zóster para maiores de 50 anos e a do VSR para maiores de 60. Espera-se que o SUS inclua a vacina contra herpes-zóster em 2026, mas é preciso cautela. Os pesquisadores alertam sobre a necessidade de mais estudos para elucidar os mecanismos por trás dessa proteção antes que as vacinas sejam vistas como uma solução preventiva definitiva para a demência.

Caso tenha curiosidade ou experiência sobre o tema, compartilhe suas opiniões! Vamos conversar sobre cuidados com a saúde cognitiva e o papel das vacinas nessa história.

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