Uma tempestade está se formando no Corinthians, onde a crise administrativa, que já se arrastava, ganhou novos contornos com a revelação de gastos controversos em cartões corporativos. A situação se complicou ainda mais após o Conselho Deliberativo decidir investigar as despesas do ex-presidente Andrés Sanchez. Os problemas começaram a ser amplamente discutidos a partir de 4 de julho, quando pedidos de esclarecimentos sobre o uso indevido do cartão corporativo por Sanchez em 2020 vieram à tona.
Os gastos, que somaram R$ 9.416, ocorreram durante uma viagem a Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, bem no final do seu mandato. O escândalo se intensificou quando uma fatura do cartão corporativo foi divulgada nas redes sociais, levando o ex-presidente a admitir suas despesas e a declarar que já ressarciu o clube com R$ 15 mil. Para intensificar a investigação, o Corinthians registrou um boletim de ocorrência após constatar o desaparecimento de registros financeiros, uma situação alarmante que surgiu após ordens de Romeu Tuma Júnior para preservar toda a documentação dos últimos sete anos.
A tensão aumentou dia após dia. O Conselho Deliberativo se apresenta como o guardião da transparência, prometendo uma apuração rigorosa que busque esclarecer se houve falhas na fiscalização. “Nada ficará sem apuração e garantiremos a ordem”, afirmou a comunicação do Conselho. Os envolvidos agora devem enfrentar a luta pela verdade em meio a turvas águas, enquanto registros vão desaparecendo.
Esse cenário caótico culminou em um episódio tumultuado em 31 de maio, quando o presidente afastado Augusto Melo tentou reassumir seu cargo. A confusão levou a uma intervenção policial. Melo está sob investigação do Ministério Público, acusado de crimes graves, mas nega todas as acusações, apresentando uma defesa que clama por nulidades processuais e direcionamento equivocado da investigação.
O impacto dessa crise não para por aí. A gestão de Duílio Monteiro Alves, atual presidente, também se vê em meio às acusações. Recentemente, surgiram denúncias de que a administração dele bancou gastos pessoais exorbitantes, totalizando R$ 86.524,62. Entre as despesas polêmicas estão itens como medicamentos para disfunção erétil e compras de mercado que incluem desde alimentos até artigos de vestuário.
Em resposta a essas alegações, Duílio defendeu-se energicamente, afirmando que os documentos foram manipulados com intentos políticos. Ele requeriu acesso aos registros para contestar as declarações, mas seu pedido não foi atendido, levando-o a ponderar sobre ações legais contra os responsáveis pela divulgação de informações falsas e distorcidas.
O futuro do Corinthians, em meio a essa crise profunda e conturbada, nos leva a refletir sobre a importância da transparência e a responsabilidade nas gestões do futebol. O que você pensa sobre essa situação alarmante? Vamos discutir nos comentários!