23 julho, 2025
quarta-feira, 23 julho, 2025

MST ocupa Codevasf em Juazeiro e protesta contra Ministério do Desenvolvimento Agrário por descumprir acordo

Compartilhe

Imagem do MST em ação

Na Bahia, um impacto significativo se deu nesta terça-feira (22) quando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) mobilizou 250 famílias para ocupar a sede da Codevasf em Juazeiro. Simultaneamente, outras 200 famílias tomaram a sede do Incra na região do médio São Francisco. Estas ações são parte da “Semana Camponesa”, uma série de mobilizações que visa pressionar o governo federal por reformas concretas na agricultura.

Sob o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular!”, o MST traz à tona questões urgentes que exigem atenção governamental. O movimento busca atualizações nos índices de produtividade, o assentamento de famílias acampadas e a recomposição orçamentária para a agricultura familiar, além da revogação de políticas que favorecem a mineração e a grilagem de terras.

Em suas redes sociais, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) destacou a importância dessas ações simbólicas. Ele enfatizou que o objetivo é reverter os retrocessos que ameaçam a população campesina, especialmente em relação a propostas que criminalizam esses movimentos sociais, como o PL da devastação. A mensagem do MST, expressa em uma carta à sociedade, é clara: há um clamor por justiça e ação efetiva do governo.

As ocupações de hoje seguem um propósito específico: denunciar o descumprimento de um acordo firmado em 2008 entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Codevasf, prometendo o assentamento de mil famílias no perímetro irrigado Nilo Coelho. José Mota, da direção estadual do MST na Bahia, relatou a frustração com a falta de progresso, afirmando que, após anos de espera, as famílias ainda não foram assentadas.

“O MDA e o Incra não estão cumprindo suas promessas. Em vez disso, o Estado da Bahia teve que intervir, abrigando as famílias em áreas insuficientes. O MDA parece mais preocupado em emitir notas do que em resolver os problemas reais das comunidades”, destacou Mota. Além disso, na cidade de Itabela, 350 ativistas do MST ocuparam a Ceplac, denunciando a falta de resoluções em negociações que se arrastam desde 2011, que envolvem multinacionais na área de papéis.

Este é um momento crucial para a luta pela reforma agrária e pela dignidade das famílias que dependem da terra para viver. Você é a favor de uma solução para essas questões? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você