23 julho, 2025
quarta-feira, 23 julho, 2025

‘Não esperem milagres’, diz a Rússia à véspera de mais uma rodada de negociações com a Ucrânia

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Imagem relacionada ao conflito

No cenário tenso do Leste Europeu, mais uma rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia se prepara para acontecer na Turquia, em um momento crítico do conflito que se arrasta. Apesar das tentativas, o desfecho parece longe, e um aviso direto do Kremlin ecoa: “Não esperem milagres”. Isso revela não apenas a posição russa, mas também o estado de um embate que se prolonga extenuante.

Nos últimos seis meses, a ofensiva russa, embora tenha trazido algumas conquistas em vilarejos de Donetsk, não conseguiu alterar significativamente o mapa da guerra. Os constantes ataques com drones e mísseis apontam para uma exaustão da defesa antiaérea ucraniana, levando o presidente Volodymyr Zelensky a compreender que é hora de buscar uma solução diplomática mais ativa. O sofrimento imposto às cidades como Kharkiv e Kryvy Rih não apenas mobiliza os diplomatas, mas também chamou a atenção do ex-presidente Donald Trump, que ameaçou impor tarifas de 100% sobre produtos russos se não houvesse um avanço nas negociações.

Entretanto, essa ameaça parece pouco eficaz, dada a drástica diminuição do comércio entre os dois países, com uma queda de cerca de 90% desde o início da invasão. A Rússia, ao longo de mais de um século, adaptou-se a viver sob sanções, o que diminui o peso de medidas econômicas vistas anteriormente como impactantes. Com a esperança de que a mudança ocorra, Moscou se apresenta à mesa de negociações, mas não sem deixar claro que suas conquistas em território ucraniano são irreversíveis e inegociáveis.

Enquanto isso, Zelensky enfrenta a dura realidade de que, ao invés da meta inicial de recuperar 20% de seu território, a prioridade agora é não perder mais. O sonho de reaver todos os seus domínios se torna uma batalha incessante ao longo deste quarto ano de conflito. Embora o direito internacional se posicione a favor da soberania ucraniana, a pragmática da realpolitik sugere que um novo contorno territorial pode ser inevitável.

As conversas na Turquia, que já se mostraram infrutíferas no passado, oferecem uma oportunidade, mesmo que pequena, de que a diplomacia se reinicie. O processo pode ser moroso e decepcionante, mas cada tentativa de diálogo traz consigo a possibilidade de novas soluções para as questões geopolíticas. É um lembrete de que, mesmo sem a expectativa de um milagre, o caminho para a paz deve ser trilhado através do entendimento e do compromisso mútuo.

O que você pensa sobre a situação atual? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos discutir os próximos passos para a paz na região.

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