
Duas jovens universitárias estão prestes a viver uma experiência transformadora que vai muito além do aprendizado acadêmico. Thaíssa Mendes, 22 anos, e Maria Karollina Gonçalves, 30, partem em uma expedição ao Círculo Polar Ártico, onde se unirão a um grupo de pesquisadores da Universidade Católica de Brasília (UCB) para estudar briófitas – pequenas plantas que possuem um potencial imenso para tratamentos de saúde e inovações biotecnológicas.
Essa jornada, que se inicia em um sábado ensolarado, representa mais do que uma mera viagem científica. Para Thaíssa e Karollina, é a realização de um sonho que antes parecia inalcançável. Ambas são beneficiárias do Programa Universidade Para Todos (Prouni), e sua trajetória até aqui foi marcada por desafios significativos, desde o ensino público em Brasília até a superação de longos trajetos diários para chegar à universidade.
A história de Thaíssa é marcada pela determinação. A estudante, após enfrentar a falta de conexão no ensino durante a pandemia, surpreendeu-se ao ser aprovada no Prouni com uma bolsa integral. “Nunca pensei que conseguiria. Quando vi meu nome na lista, não acreditei”, compartilha. Agora, após horas diárias de transporte público, ela se prepara para explorar o Ártico, um destino que, há cinco anos, pareciam apenas um sonho distante.
Karollina, por sua vez, é a realização do sonho de sua mãe, que, apesar das dificuldades e de ter que trabalhar cedo para sustentar a família, sempre incentivou a filha a buscar educação e oportunidades. “Ela sempre me dizia que eu poderia ser quem quisesse, que a falta de condições seria apenas um detalhe”, conta emocionada. Embora no início seu sonho fosse a medicina, foi na odontologia que encontrou sua verdadeira paixão, novamente com o apoio incondicional da mãe.
Esta expedição ao Ártico não só fornecerá a oportunidade para que ambas contribuam com pesquisas científicas, mas também para que suas histórias pessoais se entrelacem com as necessidades do mundo. As briófitas, que são essenciais para o equilíbrio ecológico, podem ser utilizadas na medicina, cosméticos e na agricultura. Esse potencial foi explorado pelo projeto Briotech da UCB, que busca entender como essas plantas se adaptam a condições extremas e como podem ser benéficas em diversas indústrias.
Com o apoio da Embaixada do Brasil em Helsinque, a expedição se tornará também uma ponte de intercâmbio cultural e científico. Os professores que lideram a missão trazem vasta experiência e estarão em contato direto com a diplomacia brasileira, enriquecendo tanto a experiência educacional das alunas quanto a aprendizagem científica.
Essa jornada é um testemunho do poder da educação e da força dos sonhos. Thaíssa e Karollina não são apenas pesquisadoras; são representantes de uma nova geração que transforma desafios em oportunidades e que, ao explorar o desconhecido, trazem esperança para o futuro.
E você, o que pensa sobre histórias como a delas? Compartilhe seus pensamentos nos comentários e inspire-se com a força das conquistas!