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Ex-senadora revela os desafios das eleições internas e sua intersecção com Marina Silva
Por Alan Rodrigues
26/07/2025 – 9:00 h

Coordenadora nacional de mobilização da Rede, Heloísa Helena prestigiou a posse de Marcelo Carvalho como porta-voz do partido na Bahia –
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Heloísa Helena, figura emblemática da Rede Sustentabilidade, traça um retrato do complexo cenário político atual. Radicalizada em sua nova base, no Rio de Janeiro, a ex-senadora, que conquistou seu espaço em Alagoas, reflete sobre sua trajetória e as escolhas que moldaram seu caminho desde sua expulsão do PT, em 2003. O rompimento com o partido de origem ocorreu após uma firme resistência à reforma da previdência proposta por Lula, levando-a a fundar o PSOL no ano seguinte e a concorrer à presidência em 2006.
Ao longo de sua jornada, Heloísa enfrentou pressões para que permanecesse no Rio, mas decidiu dar um passo ousado. “Fui para o Rio ajudar a tirar a Rede da clandestinidade política”, enfatiza. A falta de recursos e de visibilidade na mídia exigiu um movimento estratégico para solidificar a presença do partido. sua gratidão é evidente: “O PSOL nos acolheu, e essa abertura foi crucial”.
Entre Amizades e Rupturas
Em constante movimentação pelos estados brasileiros, Heloísa busca compreender se a Rede deve permanecer unida ao PSOL ou seguir novos rumos. Sua relação com Marina Silva, amiga de longa data que agora se tornou rival no partido, é um dos temas que mais marcam sua trajetória. “Existem situações em que a amizade se desfaz por diferenças políticas. Fiz o que estava ao meu alcance para ajudar a Rede, e respeito a posição do grupo da Marina, assim como espero respeito do outro lado”.
A separação de Marina e a saída de Randolfe Rodrigues, o único senador da Rede, em meio a disputas sobre royalties de petróleo, revelam as tensões internas do partido. Heloísa admira Randolfe: “Ele tomou decisões que preservaram o partido em momentos críticos, evitando guerras internas que seriam desastrosas”.
Quanto à possibilidade de uma nova candidatura presidencial em 2026, Heloísa deixa tudo em aberto, enfatizando a importância do diálogo interno. “O foco agora deve ser na construção partidária. O que vivenciamos foi intenso e, sem dúvida, doloroso. Fui chamada de ‘cachorra louca’ e ‘velha derrotada’, evidenciando a pressão que enfrentamos”, declara, refletindo sobre o clima hostil ao redor do partido.
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