Um clima de tensão paira sobre a saúde pública na Bahia. O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (SindiMed) decidiu suspender atendimento eletivo em cinco hospitais estaduais, uma ação drástica motivada pela denúncia de possíveis demissões de cerca de 500 médicos contratados sob regime CLT. A reclamação gira em torno da intenção da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) de recontratar esses profissionais sob o regime de Pessoa Jurídica (PJ).
A paralisação está prevista para começar à zero hora do dia 31 de julho, afetando as maternidades Albert Sabin e Tsylla Balbino, além de outras instituições como o Hospital Geral Roberto Santos e o Hospital Geral do Estado. Medidas como a suspensão dos atendimentos de fichas verdes e azuis também estão incluídas, intensificando a preocupação com a saúde da população.
Durante uma assembleia realizada em 24 de julho, os médicos decidiram por unanimidade interromper os atendimentos como forma de protesto. A presidente do SindiMed, Rita Virgínia, enfatizou que um aviso sobre as demissões foi enviado à organização responsável pela contratação de médicos, revelando que até o final de julho, 529 profissionais deveriam ser desligados.
Em resposta, a Sesab se justificou, alegando que as mudanças são necessárias para fortalecer a gestão pública, anunciando o encerramento dos contratos com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). O cenário é alarmante e levanta questionamentos sobre o futuro da saúde pública na Bahia, enquanto a população aguarda ansiosamente por respostas.
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