Na última sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações contundentes sobre a situação política brasileira em um evento em Osasco (SP). Ele dirigiu-se ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para esclarecer que o sentimento de perseguição do ex-presidente Jair Bolsonaro não é mais do que uma narrativa enganosa. “O Bolsonaro não é um problema meu, mas um problema da Justiça brasileira. Ele está recebendo um julgamento com pleno direito de defesa”, afirmou Lula, enfatizando a responsabilidade do ex-presidente em relação às suas ações, incluindo tentativas de desestabilização do governo.
Lula aproveitou a oportunidade para abrir um canal de diálogo com Trump, propondo uma discussão sobre a taxação de 50% que os EUA pretendem impor às exportações brasileiras. “Se o presidente Trump tivesse me contatado, poderia ter tido uma noção mais clara do que realmente acontece no Brasil”, disse o presidente ao destacar a falta de patriotismo na ação do deputado Eduardo Bolsonaro, que pediu intervenção americana. “A Câmara precisa tomar uma atitude”, destacou Lula, reforçando a necessidade de união na defesa dos interesses nacionais.
No geral, Lula criticou a fundamentação da tarifa que Trump anunciou, que foi atribuída a supostos ataques do Brasil às empresas americanas. Em resposta, Lula acentuou sua intenção de regular as grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs, promovendo um ambiente onde as leis brasileiras sejam respeitadas e a democracia preservada. “Estamos comprometidos em garantir uma legislação justa e que impeça a disseminação de desinformação e ódio”, afirmou.
Lula também desafiou a visão de Trump sobre a relação comercial entre os países, esclarecendo que os Estados Unidos possuem um superávit de 410 bilhões de dólares em serviços e comércio nos últimos 15 anos. Ele ressaltou que o Brasil não busca reclamações, mas sim negociação. “Estamos prontos para dialogar e encontrar um caminho que beneficie ambos os países”, concluiu.
Ao final de sua fala, o presidente reafirmou sua tranquilidade diante das iniciativas dos EUA, mas deixou claro que o Brasil tomará as medidas necessárias. O governo está considerando uma resposta à tarifa, mas apenas após explorar as vias do diálogo. “Estou colocando meu vice-presidente, Geraldo Alckmin, como principal negociador. Ele traz uma abordagem gentil, mas firme, representando a razão e os interesses do Brasil”, concluiu Lula.
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