
Em um cenário devastador na Faixa de Gaza, onde a desnutrição alcança níveis alarmantes, o Exército de Israel anunciou uma “pausa tática” de 10 horas diárias em suas operações militares. Essa medida, que começará neste domingo, visa facilitar a ajuda humanitária e será aplicada em áreas específicas do território.
“A pausa na atividade militar para fins humanitários” terá validade das 10h às 20h (horário local), conforme comunicado oficial dos militares.
Além disso, serão criadas “rotas seguras” entre 6h e 23h para permitir a passagem de comboios da ONU e de organizações humanitárias que entregam alimentos e medicamentos à população carente em Gaza. A decisão foi resultado de discussões entre Israel, a ONU e diversas organizações internacionais.
As áreas diretamente afetadas pela pausa incluem a Cidade de Gaza, Deir al-Balah e Al Mawasi, regiões onde não há atividade militar no momento. Para agravar a situação, a televisão egípcia anunciou que os primeiros caminhões de ajuda estão a caminho de Gaza, passando pela fronteira de Rafah, levando esperança a muitos.
Este anúncio vem logo após a retoma de lançamentos de ajuda humanitária por via aérea, uma estratégia que enfrenta críticas por ser insuficiente e arriscada. Recentemente, um número crescente de vítimas de desnutrição foi registrado, com 127 casos, sendo 85 crianças, segundo dados do Departamento de Saúde de Gaza, sob controle do Hamas.
Fontes palestinas confirmaram que os primeiros lançamentos ocorreram no norte da Faixa de Gaza, envolvendo apenas sete paletes de suprimentos.
A urgência para fornecer assistência é reforçada por um alerta de centenas de organizações sobre a fome em massa se espalhando rapidamente, particularmente entre as crianças. Em resposta à crise, Israel afirmou que as Forças Armadas garantirão pausas em áreas povoadas para permitir a entrada de ajuda humanitária.
Concomitantemente, o Reino Unido se mobiliza para apoiar a entrega de ajuda humanitária por via aérea e planeja retirar crianças que necessitam de cuidados médicos. Essa iniciativa foi confirmada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em diálogo com líderes da França e da Alemanha.
Diante desse cenário crítico, como você vê a resposta internacional à crise humanitária em Gaza? Compartilhe suas opiniões nos comentários!