Uma nova pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revela um cenário alarmante: aproximadamente 993 mil crianças e adolescentes estão fora da escola no Brasil. Esse dado preocupante destaca a triste realidade de que a evasão escolar está profundamente relacionada à raça, gênero e classe social.
A maior parte das crianças e adolescentes que não frequentam as salas de aula pertence aos grupos pretos, pardos ou indígenas. Quando analisamos o recorte de gênero, os números revelam que 55% desse público são meninos, enquanto 45%
Dentre os quase 1 milhão de jovens fora da educação formal, observamos que 195 mil residem em áreas rurais, enquanto 797 mil se concentram em zonas urbanas. A faixa etária predominante desse grupo está entre 4 e 17 anos, período em que a lei brasileira considera a matrícula obrigatória. A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) asseguram que o Estado tem a responsabilidade de garantir o acesso à educação. Além disso, o Unicef destaca outro dado alarmante: quase 7 milhões de crianças de 0 a 3 anos estão fora de creches, correspondendo a 60% desse público no país. Embora a matrícula em creches não seja considerada obrigatória, a lei garante esse direito fundamental. As famílias de baixa renda são as mais afetadas por essa falta de acesso à educação, com 36% das crianças fora da creche pertencendo aos 20% mais pobres da sociedade. Esses dados não são apenas números; são vidas interrompidas e futuros comprometidos. É essencial que tomemos consciência dessa realidade e nos mobilizemos por um Brasil onde cada criança tenha a oportunidade de aprender e crescer em um ambiente escolar. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas ideias nos comentários!