29 julho, 2025
terça-feira, 29 julho, 2025

Mensagens em celular apreendido revelam irritação de Bolsonaro

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A recente apreensão de um celular pertencente ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro pela Polícia Federal trouxe à tona uma série de mensagens que revelam seu estado de espírito diante de acusações sérias. O conteúdo do aparelho, que foi analisado em 2023, mostra um Bolsonaro visivelmente irritado com as alegações de peculato relacionadas ao caso das joias sauditas.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, as mensagens incluíam áudios em que Bolsonaro se referia às acusações como uma verdadeira “piada”. Conversando com Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social de seu governo, ele questionava a legitimidade dos indícios apresentados contra ele: “Indícios de desvio de recurso público. Que que é isso? Onde é que inventou isso pô?”

As gravações também trazem críticas a como a mídia rotula políticos aliados de Bolsonaro como “extrema-direita”. Em uma mensagem, ele expressou descontentamento com o rótulo, sugerindo que essa classificação estava sendo imposta de maneira generalizada e injusta: “Os caras vão manter isso o tempo todo, né? Falou comigo, é extrema-direita. O Trump também deve ser extrema-direita”.

Além de suas desabafos pessoais, as mensagens expõem o ex-presidente envolvido em questões políticas internas. Uma das gravações o apresenta tentando resolver um atrito dentro do partido no Nordeste e em outra ele demonstra apoio a Gilson Machado (PL), que competiu nas eleições para prefeito de Recife em 2024.

Em um momento tenso, Bolsonaro também aconselhou o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) a assinar um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visava o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. “Eu assinaria”, disse ele, demonstrando sua participação ativa nas manobras políticas de seus aliados.

Os materiais encontrados no celular de Bolsonaro foram anexados ao inquérito que investiga supostas milícias digitais. Enquanto isso, o Metrópoles continua a buscar uma resposta da defesa do ex-presidente, mas até o momento não obteve retorno. O espaço ficará aberto para qualquer manifestação futura.

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