29 julho, 2025
terça-feira, 29 julho, 2025

Congresso terá pauta extensa a partir de agosto com tarifaço no radar e pressão por anistia; confira as pendências

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No dia 18 de julho, o Congresso Nacional encerrou suas atividades do primeiro semestre, mergulhando num recesso que deixa um cenário de tensões e expectativas. Com a iminente implementação de um aumento nas tarifas por parte dos Estados Unidos e uma oposição cobrando medidas contundentes contra o Supremo Tribunal Federal (STF), deputados e senadores preveem um retorno agitado nos trabalhos a partir de 4 de agosto. Entre os temas pendentes, destacam-se projetos cruciais acumulados durante o primeiro semestre.

Os aliados do governo já identificaram algumas prioridades para discussão. Entre elas, a proposta que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a PEC da Segurança Pública, a regulamentação da reforma tributária e uma medida provisória que altera a tributação sobre apostas. Esse último projeto, duscussão pendente, promete aumentar a carga tributária em setores relevantes para o cenário atual.

Os parlamentares de oposição, por sua vez, têm como foco a votação de uma lei que oferece anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, além de exigirem debates sobre o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado. Essa batalha legislativa delineia um semestre que pode ser ainda mais conturbado, dada a crescente pressão entre os poderes e as tensões eleitorais que se avizinham.

A fim de evitar um incêndio entre as relações do Legislativo e Judiciário, o presidente da Câmara, Hugo Motta, garante que buscará debater temas como segurança pública e educação, além de focar em ações que beneficiem o municipalismo. Por outro lado, o Senado, sob a batuta de Davi Alcolumbre, também evita pautas que possam dividir a sociedade.

Conforme o calendário eleitoral se aproxima, o Congresso terá que lidar com a possibilidade de um julgamento controverso sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, que pode culminar em um desfecho dramático. Ao mesmo tempo, uma série de projetos importantes está pronta para ser discutida e poderá alterar significativamente a política brasileira nos próximos anos.

O projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda é uma das iniciativas mais relevantes do governo. Com essa medida, aqueles que recebem até R$ 7.350 também teriam beneficios fiscais, enquanto os que superam os R$ 600 mil anuais teriam alíquotas adicionais. O relator Arthur Lira já aprova na comissão, e a votação deve ocorrer nas primeiras semanas de agosto.

Outra front importante é a PEC da Segurança Pública, que visa reformular o Sistema Único de Segurança Pública em busca de uma maior eficácia e integração entre as diversas instituições de segurança. A proposta já passou por uma avaliação inicial e agora está em fase de ser apresentada a uma comissão especial.

A educação, um tema primordial, estará em pauta com o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que busca reformar e atualizar os objetivos educacionais até 2034. Paralelamente, o novo Código Eleitoral está prestes a voltar à discussão, enfrentando controvérsias sobre fake news e a proposta de quarentena para agentes públicos que querem se candidatar.

A conversa sobre inteligência artificial também promete avançar, com um projeto focado em regulamentar sua utilização no Brasil e definir categorias de risco. Isso mostra a preocupações com os avanços tecnológicos e a ética envolvida. Igualmente, debates sobre a legalização de apostas e a autonomia do Banco Central estarão no centro do debate legislativo.

A oposição se compromete não apenas com a anistia às pessoas envolvidas nos eventos de janeiro, mas também quer acabar com o foro privilegiado e regulamentar as decisões monocráticas dos ministros do STF. Uma outra proposta longe de ser ignorada diz respeito à criminalização de drogas, visando estabelecer punições mais severas. Esta proposta, vinda de um ex-presidente do Senado, poderá reabrir discussões polêmicas na sociedade.

Por fim, temas como a mudança na jornada de trabalho e a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2026 serão cruciais para moldar o futuro próximo do Brasil. Com um calendário legislativo agitado, é imperativo que a sociedade acompanhe atentamente essas pautas e se engaje em discussões que moldam seu dia a dia.

Agora, queremos saber sua opinião: quais temas você considera mais cruciais para a discussão no próximo semestre? Deixe seu comentário e faça parte dessa conversa!

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