Zambelli, sua trajetória é marcada por polêmicas e reviravoltas. Uma chamada de pistoleira, por exemplo, resultou em uma batalha judicial, onde a deputada tentava oscilar entre a defesa de sua imagem e o peso de seus atos. Ao referir-me a uma cena emblemática, onde a vi armada e cercada de segurança durante uma perseguição a um jornalista em São Paulo, não sabia que isso a levaria a processar-me. Afinal, pistoleira se refere a quem porta uma arma, e essa definição não poderia ser mais apropriada.
Seus problemas legais tornaram-se ainda mais graves quando foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão por associação com um hacker, um episódio que a ridicularizou, gerando uma fuga inesperada para a Itália. Recentemente, Zambelli foi presa em Roma, um desfecho dramático para sua saga política.
A vida de Zambelli se divide em dois capítulos: antes e depois de Bolsonaro. Antes, uma existência difícil, repleta de desafios. Depois, uma ascensão meteórica na política, onde passou a desfrutar dos palácios de Brasília e, por um momento, se viu uma influente, tentando até mesmo persuadir Sérgio Moro a permanecer no governo, quando este se viu pressionado por Bolsonaro. A tentativa, assim como muitas em sua carreira, não trouxe os frutos esperados.
O que começou como uma ascensão promissora tornou-se uma feroz queda. Sua lealdade cega a Bolsonaro e sua paixão por disseminar desinformação tornaram-na uma figura controversa, respeitada apenas por alguns. O episódio da pistolagem foi um divisor de águas, afastando-a dos holofotes e dos palanques que outrora frequentava.
Se isso lhe oferece algum consolo, é provável que em breve Zambelli veja a realidade se desdobrar de forma semelhante para Bolsonaro, condenado pelo mesmo tribunal que já lhe selou o destino. Ambos parecem incapazes de aprender com os próprios erros, vivendo em um ciclo de esquecimento e repetição.
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