1 agosto, 2025
sexta-feira, 1 agosto, 2025

Tarifaço de Trump exclui laranja, celulose e Embraer, mas atinge café e carnes

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Agronegócio

No dia 30 de agosto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que impõe tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Porém, a lista de exceções trouxe um alívio crucial: itens como suco de laranja, celulose e os aviões da Embraer estão isentos dessa taxação. No total, 694 produtos foram excluídos, mas café e carnes enfrentam um novo peso na balança, com uma tarifa que pode chegar a 50%, somando-se a uma taxa anterior de 10%. Essa mudança terá validade em sete dias, conforme anunciado pela Casa Branca.

Surpreendentemente, o texto do decreto não é só econômico, mas intensamente político. Ele ataca o atual governo brasileiro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto defende o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Segundo a ordem executiva, as ações do governo brasileiro são vistas como uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança e economia dos EUA.

A Casa Branca declarou uma nova emergência nacional, utilizando a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977. O decreto ressalta que as políticas coercitivas do governo brasileiro afetam tanto empresas americanas quanto os direitos dos cidadãos americanos. Além disso, menciona diretamente as “graves violações” dos direitos humanos enfrentadas por Bolsonaro e seus apoiadores.

Críticas contundentes também se dirigem ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A ordem destaca que ações recentes, consideradas tirânicas e arbitrárias, forçam empresas americanas a censurar discursos e entregar dados pessoais sob ameaças de pesadas multas e processos criminais. Isso, segundo o documento, não apenas prejudica negócios, mas também compromete a política dos EUA em prol de eleições livres e direitos humanos.

O ataque a Alexandre de Moraes é especialmente incisivo. O ministro é acusado de abusar de sua posição para intimidar opositores políticos e proteger aliados corruptos. O decreto afirma que Moraes emitiu centenas de ordens secretas, impôs multas a empresas que se negaram a obedecer e até congelou ativos de uma delas. A situação é descrita ainda mais grave, com a menção a prisões sem julgamento por postagens em redes sociais.

Neste contexto tumultuado, a relação entre Brasil e EUA se torna mais complexa, instigando debates sobre direitos humanos, liberdade de expressão e a política externa dos dois países. Que reflexões essa nova dinâmica traz para você? Compartilhe sua opinião!

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