Neste domingo, dia 3 de agosto, a Avenida Paulista se tornará novamente o cenário de uma manifestação bolsonarista intensa. Com as ausências notáveis do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas, o ato, agora mais voltado para o ataque ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), promete ser marcado por discursos contundentes.
Na linha de frente desse movimento, o pastor Silas Malafaia e o deputado federal Nikolas Ferreira são os principais articuladores, conhecidos por suas severas críticas a Moraes. Diferente de outros líderes, como Tarcísio e, mais ocasionalmente, Bolsonaro, eles não hesitam em confrontar o ministro, especialmente após a recente sanção dos Estados Unidos que o tornou alvo dos bolsonaristas.
A sanção, aplicada pela Lei Magnitsky durante o governo de Donald Trump, restringe Moraes de entrar nos EUA e realiza transações financeiras com empresas americanas. Essa notícia, celebrada entre os apoiadores de Bolsonaro, deu combustível ao pedido de impeachment protocolado por Nikolas nas redes sociais, que também confirmou sua presença em um ato em Belo Horizonte antes de se dirigir à manifestação em São Paulo.
Silas Malafaia é conhecido por seus discursos efervescentes, onde já chamou Moraes de “ditador de toga” e, em um tom de humor ácido, o apelidou de “Alexandre, o pequeno”, uma referência irônica a Alexandre Magno. Recentemente, Malafaia criticou governadores de direita por não se posicionarem contra Moraes, mas se desculpou posteriormente com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
Apesar do silêncio de alguns governadores, Malafaia previu que podem se juntar a manifestações em suas respectivas localidades. Vale destacar que Tarcísio não estará presente devido a um procedimento cirúrgico marcado para um dia antes do ato.
Com a imposição de uma medida cautelar a Bolsonaro, que o impede de se manifestar publicamente nos finais de semana, a estratégia bolsonarista agora se baseia em ações descentralizadas. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, expressou que não se trata de quantidade, mas sim de engajamento, promovendo uma “pulverização” das manifestações pelo país. Outros políticos também se dividirão entre suas regiões, como Luciano Zucco em Porto Alegre e Rogério Marinho em Natal.
Contudo, a adesão do público nas manifestações parece estar em queda. Os dados indicam que, desde a saída de Bolsonaro da presidência, o número de participantes tem diminuído drasticamente, evidenciando uma possível mudança de dinâmica na mobilização de apoiadores, que acompanha a polarização da política brasileira.
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