2 agosto, 2025
sábado, 2 agosto, 2025

Bolsa Família: Melhora da renda tira 958 mil famílias do programa em julho

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Mais de 958 mil famílias deixaram o programa Bolsa Família em julho, o que representa cerca de 3,5 milhões de pessoas que, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), aumentaram sua renda domiciliar e não se enquadram mais nos critérios do benefício. O principal motivo? O ingresso no mercado de trabalho formal e o crescimento de pequenos negócios, reflexos diretos da recuperação econômica e das políticas de inclusão produtiva.

Com essa redução, o número de famílias beneficiárias caiu de 20,5 milhões para 19,6 milhões, o menor patamar desde a reformulação do programa em março de 2023. Para o governo, esse dado não é negativo, mas sim um marco importante. “Estamos falando de quase 24 milhões de brasileiros saindo da pobreza“, destacou o ministro Wellington Dias no programa Bom Dia, Ministro.

Dentre as famílias que saíram do programa, 536 mil cumpriram os 24 meses da chamada “regra de proteção”, que mantém metade do valor do benefício mesmo com o aumento da renda. Outras 385 mil ultrapassaram o teto de renda permitido, deixando de se enquadrar nos critérios do Bolsa Família.

A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, afirmou que o medo de perder o benefício ainda inibe muitos brasileiros de buscar um emprego formal. Por isso, o governo tem reforçado a divulgação das regras e firmado parcerias com o setor privado para fomentar a contratação de pessoas inscritas no CadÚnico.

Entre janeiro e maio de 2025, 17,1% das admissões no mercado formal foram de beneficiários do Bolsa Família, o que representa um saldo positivo de mais de 600 mil novos postos de trabalho.

Em julho, o governo também incluiu 36 mil novas famílias nas novas regras de proteção, que agora têm prazo de 12 meses e teto de renda mais restrito, conforme mudanças publicadas em maio.

A saída em massa de beneficiários não significa redução do programa, mas sim reorganização e eficiência. Ao liberar recursos, o governo abre espaço para novas famílias em situação de pobreza e reduz a pressão sobre o orçamento público — um passo estratégico em meio ao desafio do ajuste fiscal.

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