2 agosto, 2025
sábado, 2 agosto, 2025

Galeria no Rio Vermelho exibe exposições de baianos até setembro

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Henrique Reis

No coração do Rio Vermelho, Salvador, a RV Cultura e Arte se transforma em um autêntico espaço de reflexão e criatividade até o dia 13 de setembro, ao receber as exposições Vigília e Bens Móveis. Em um diálogo vibrante entre arte e vivências, os artistas Henrique Reis e Pedro Alban trazem narrativas distintas que prometem envolver o público.

A mostra Vigília, de Henrique Reis, é uma exploração audaciosa da sexualidade masculina queer em ambientes públicos. Por meio de pinturas em tela e couro, Reis provoca o espectador a confrontar os limites entre a realidade e a fantasia, utilizando contrastes de luz e sombra para criar um espaço de imersão. Com conteúdo sensível e uma classificação indicativa de 18 anos, a exposição nos convida a refletir sobre a liberdade de expressão em ambientes muitas vezes hostis.

Inspirado pelo ambiente noturno de parques e matas, Henrique compartilha sua visão: “A noite cultiva encontros e práticas homoafetivas, sendo um espaço de resistência e liberdade”. As sete obras em exibição, incluindo a intrigante Montaria, que combina pintura em couro com elementos metálicos, trazem à tona uma interpretação profundamental do desejo e da identidade. “Meu objetivo é poetizar experiências que desafiam normas sociais”, acrescenta o artista.

Por outro lado, Bens Móveis, de Pedro Alban, propõe uma reflexão sobre a relação afetiva que temos com objetos. Através de instalações e obras em madeira de demolição, Alban convida os visitantes a experienciar a vertigem do descarte urbano. “Esta exposição é sobre a reconexão com o que a cidade deixa para trás”, explica. Com dez pinturas inéditas, Alban utiliza materiais que narram histórias de tempos passados, evocando a memória coletiva.

Com uma abordagem única, a instalação inclui uma mapoteca e um retroprojetor, resgatados de construções esquecidas da cidade. Uriel Bezerra, curador, ressalta a importância desse trabalho como um lembrete visual dos ciclos de consumo e resiliência no contexto urbano. “Esses restos falam de um passado que ainda ecoa em nosso presente”, afirma.

Ambas as exposições não são apenas uma oportunidade de apreciação artística, mas uma chamada à ação para refletirmos sobre nossa própria história e sobre como a arte pode servir de veículo para a mudança e compreensão. Se você está em Salvador, não perca essa chance de vivenciar o que acontece no espaço artístico local. O que você espera encontrar nessa galeria? Compartilhe suas impressões conosco!

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