Em uma tragédia que abalou a indústria mineradora, quatro dos cinco mineiros que estavam presos na mina de cobre El Teniente, no Chile, foram encontrados sem vida. O acidente ocorreu após um terremoto de magnitude 4,2, que atingiu a região na última quinta-feira, 31 de julho, resultando em um colapso parcial da estrutura da mina. Desde então, as buscas não param pela localização do quinto trabalhador.
El Teniente, reconhecida como o maior depósito subterrâneo de cobre do mundo, pertence à Codelco, que suspendeu suas atividades após o incidente. O desabamento, acontecido por volta das 17h30 do dia do tremor, deixou a equipe de resgate em alerta máximo. O primeiro corpo foi descoberto no sábado, 2 de agosto, seguido por mais dois no domingo, enquanto o quarto foi encontrado mais tarde na mesma manhã. A tristeza prevalece, mas a esperança ainda reside na coragem dos socorristas.
“Estamos trabalhando com extrema cautela, examinando cada metro com atenção. Quero ser realista e não alimentar falsas esperanças, mas seguimos em frente”, disse Andes Music, gerente-geral da mina, durante uma coletiva de imprensa. Até este domingo, os esforços das equipes de resgate resultaram na liberação de 24 dos 90 metros necessários para alcançar todos os trabalhadores.
Esse terremoto, um dos mais intensos da região em décadas, bloqueou as rotas de acesso à área de Teniente 7, complicando o resgate. Até agora, uma pessoa faleceu e outras nove estão feridas. “Temos um plano claro e sabemos onde estão. Mas, desde que as passagens foram bloqueadas, não conseguimos contato”, acrescentou Andrés, ressaltando a responsabilidade da empresa de serviços Gardilcic, que atua para a Codelco.
O presidente Gabriel Boric fez declarações no sábado, destacando o comprometimento total do governo em resgatar os trabalhadores, prometendo monitorar a situação 24 horas por dia. “Não descansaremos até que sejam encontrados”, afirmou. Consequentemente, a ministra da Mineração, Aurora Williams, informou sobre a suspensão temporária de todas as operações subterrâneas na mina, seguindo protocolos de segurança após acidentes graves.
Este momento é um lembrete doloroso da fragilidade da vida e da resiliência necessária em tempos de crise. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas reflexões nos comentários!