
A Controladoria Geral do Estado (CGE) de São Paulo anunciou que não investigará o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, em relação à luxuosa casa em construção em Porto Feliz, avaliada em pelo menos R$ 3 milhões. A decisão foi publicada após a revelação feita pelo Metrópoles, que destacou que o empreiteiro envolvido no projeto, Genilton Mota, mencionou o empresário Guilherme Moron como responsável pelos pagamentos.
Esta investigação foi motivada por um questionamento do deputado estadual Antonio Donato (PT), que indagou à CGE sobre a possibilidade de indícios de incompatibilidade entre a renda de Derrite e o custo da obra. A resposta foi clara: a CGE afirmou que o artigo do Metrópoles não apresenta evidências que justifiquem uma verificação patrimonial mais aprofundada.
Donato também levantou questões sobre a proximidade de Derrite com empresários como Sergio Comolatti e José Romano Netto, que possuem interesses nos setores que cruzam com a administração pública. Um detalhe intrigante do passado recente foi um voo de Derrite, que utilizou um avião da companhia onde Romano é membro do conselho de administração.
Em resposta, a CGE enfatizou que não há investigações em andamento sobre possível conflito de interesses, afirmando que meras relações de amizade não constituem, por si só, indícios de irregularidades. O órgão destacou que a falta de evidências concretas impede qualquer apuração.
Enquanto a CGE garantiu não ver motivos para preocupação, os detalhes da nova casa de Derrite se tornaram assunto de debate público. A construção, em estilo contemporâneo, oferece uma série de acabamentos luxuosos, incluindo madeira Cumaru e porcelanato de alta qualidade, características que, somadas ao ambiente de alto padrão de Porto Feliz, suscitam questionamentos sobre as verdadeiras fontes de financiamento da obra.
O empreiteiro Genilton Mota fez afirmações que levantaram mais suspeitas: assegurou que os pagamentos da obra são gerenciados por Moron, que frequentemente aparece em eventos ao lado de Derrite. Contudo, a Secretaria da Segurança Pública negou qualquer envolvimento financeiro do empresário, afirmando que todos os custos da construção estão sendo custeados pelo secretário com recursos próprios, oriundos da venda de um apartamento e de seus rendimentos.
A trama se complica à medida que seguimos analisando a relação entre a política e o mundo empresarial. É fundamental que a sociedade permaneça atenta às nuances que cercam figuras públicas e suas conexões. Quais são as suas opiniões sobre essa relação? Compartilhe seus pensamentos nos comentários abaixo!