Uma tragédia marcou os céus dos Estados Unidos em janeiro, quando um helicóptero militar e um avião comercial colidiram, resultando na morte de 67 pessoas. O acidente, ocorrido próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington, agora ganha novos contornos à medida que a investigação revela falhas críticas nos instrumentos de altitude do helicóptero. A engenhosa apresentação dos dados durante as audiências do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB), entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, trouxe à tona perguntas inquietantes.
No centro do desastre estava um helicóptero Sikorsky Black Hawk em um treinamento, que se chocou com um Bombardier CRJ700, operado por uma subsidiária da American Airlines. A presidente do NTSB, Jennifer Homendy, relatou que, momentos antes do impacto, o piloto do helicóptero reportou uma altitude de 91 metros, enquanto o instrutor indicava 121 metros. No exato momento da colisão, os dados revelavam que a aeronave estava a apenas 84 metros do solo.
“Estamos ainda sem uma explicação clara para essa discrepância”, afirmou Homendy. “É crucial entender que esses números não refletem necessariamente o que a tripulação estava visualizando nos altímetros barométricos da cabine.” A investigação examinou ainda três helicópteros do mesmo modelo e batalhão, onde diferenças alarmantes de até 40 metros foram detectadas entre os altímetros de radar e barométricos, especialmente durante a operação dos rotores.
Marie Moler, investigadora envolvida no caso, explicou que, em testes controlados, as discrepâncias pareciam aceitáveis. Contudo, quando os rotores estão em movimento, os altímetros barométricos passaram a mostrar altitudes bem mais baixas, criando um cenário potencialmente catastrófico durante o voo. “Diferenças de 30 metros são extremamente significativas em situações de aproximação e em tráfego aéreo intenso”, adverte. “É bastante provável que a tripulação estivesse percebendo uma altitude muito diferente da realidade. Continuaremos a investigação até findarmos respostas definitivas.”
Esse acidente trágico não apenas aponta para falhas técnicas, mas também levanta um alerta sobre a segurança de todos que cruzam os céus. O que você pensa sobre a importância de uma revisão rigorosa nas instruções de segurança e equipamentos aeronáuticos? Compartilhe sua opinião nos comentários!