5 agosto, 2025
terça-feira, 5 agosto, 2025

Casal lésbico de Vale Tudo foi inspirado em drama real de viúvo: entenda

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Jorge Guinle Filho

O remake de Vale Tudo, que irá ao ar em 2025, apresenta o delicado romance entre Cecília e Laís de maneira sutil e aparentemente tranquila. No entanto, a história por trás dessa trama é profundamente emocional, baseada em uma realidade que ecoa até os dias de hoje. A trama original, concebida por Gilberto Braga em 1988, teve como inspiração a vida do fotógrafo Marco Aurélio Rodrigues, que compartilhou 17 anos ao lado do artista plástico Jorge Guinle Filho, herdeiro de uma tradicional família brasileira.

Assim como na ficção, na vida real, a tragédia se abateu sobre Marco quando Jorge faleceu em um acidente em 1987. Na ausência de legislação que reconhecesse as uniões homoafetivas, Marco se viu obrigado a batalhar nos tribunais para garantir seus direitos sobre o apartamento que dividiam no Leblon. O juiz José Bahadian válidou, em 1989, um testamento que destinava metade dos bens de Jorge a Marco. Contudo, a luta não havia terminado: a família de Jorge recorreu, resultando numa divisão contestada entre os pais e Marco.

Após anos de batalhas judiciais, Marco conseguiu reconquistar o imóvel por usucapião em 2009 e, finalmente, em 2018, obteve uma decisão unânime do STJ que garantiu seus direitos. Essa luta foi essencial para sensibilizar Gilberto Braga, que decidiu levar a história inspiradora para as telas, desafiando as barreiras da censura e trazendo à tona questões sobre o amor entre pessoas do mesmo sexo de forma honesta e respeitosa.

Atualmente, Marco Rodrigues vive na cobertura do Leblon que recuperou e sonha em compartilhar sua história em um livro intitulado provisoriamente O Tarzan de Messejana, uma homenagem ao seu amor por Jorge e à jornada que enfrentou para garantir seu lugar no mundo.

Essa narrativa traz à luz não apenas a luta por reconhecimento, mas também a beleza do amor que transcende barreiras. E você, o que acha dessa evolução nas histórias que retratam as relações homoafetivas na mídia? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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