6 agosto, 2025
quarta-feira, 6 agosto, 2025

Mortes por câncer colorretal devem crescer 36% até 2040, diz estudo

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O Brasil enfrenta um futuro alarmante em relação ao câncer colorretal. Segundo um estudo da Fundação do Câncer, a taxa de mortalidade pode aumentar em impressionantes 36% até 2040, passando de 146 mil óbitos entre 2026 e 2030 para quase 200 mil entre 2036 e 2040. O câncer, embora altamente prevenível, frequentemente só é diagnosticado em fases avançadas, como evidenciado pela triste experiência da cantora Preta Gil.

Essas estatísticas não são apenas números; são vidas. A taxa de mortalidade deve passar de 13,5 para 18 mortes a cada 100 mil habitantes, com o Sul e o Sudeste apresentando os cenários mais críticos. No Sudeste, as mortes podem ultrapassar 100 mil nos próximos 15 anos, enquanto o Sul, apesar de ter menos casos, registra a maior proporção de mortes por habitante.

No Centro-Oeste, a situação é ainda mais preocupante, com 58% dos homens e 59% das mulheres diagnosticados já em estágio 4, o mais grave. Embora as taxas no Norte e Nordeste sejam um pouco mais baixas, a tendência de crescimento é evidente. Por exemplo, a previsão é que o número de óbitos no Norte suba de 6,8 mil para mais de 10 mil na próxima década.

A dificuldade em diagnosticar precocemente o câncer é um dos principais fatores que contribuem para essas estatísticas desastrosas. Infelizmente, 78% das mortes ocorrem quando a doença já está nos estágios 3 ou 4. Em países que implementaram programas de rastreamento, a taxa de sobrevida após cinco anos é de 65%. No Brasil, esse índice é alarmantemente menor: 48,3% para câncer de cólon e 42,4% para câncer de reto.

Um dado preocupante revelado pelo coloproctologista Alexandre Nishimura é o aumento de diagnósticos em pessoas abaixo dos 50 anos, um grupo previamente considerado de baixo risco. Isso reforça a urgência de reavaliar as diretrizes de rastreamento, que ainda focam na população mais velha.

Os sinais de alerta do câncer de intestino incluem presença de sangue nas fezes, alterações no hábito intestinal, dor persistente, perda de peso sem explicação e fadiga crônica. Conhecer esses sintomas pode ser crucial para a detecção precoce e, consequentemente, para aumentar as chances de sucesso no tratamento.

Atualmente, o Brasil carece de um programa nacional de rastreamento estruturado. Os diagnósticos dependem da iniciativa individual ou da suspeita de profissionais de saúde, e exames essenciais como o teste de sangue oculto nas fezes não são oferecidos de forma sistemática à população. Nishimura ressalta que sem um plano robusto de rastreamento e tratamento, o cenário continuará desanimador.

Concluindo, é imprescindível que a sociedade e o governo incentivem mudanças nos hábitos de vida. Fatores como idades avançadas, histórico familiar, consumo de carnes processadas, sedentarismo e tabagismo aumentam significativamente o risco de câncer colorretal. A luta contra essa enfermidade exige não apenas conscientização, mas ação coletiva!

E você, já se cuidou hoje? Compartilhe suas experiências ou dúvidas nos comentários e vamos juntos promover a saúde!

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