
Na última reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou profundamente ao recordar sua infância marcada pela fome. Em um discurso tocante, ele compartilhou a dor silenciosa que a desnutrição representa e enfatizou a importância do Estado em assumir sua responsabilidade social no combate à miséria.
“Porque a fome não dói, a fome vai corroendo você por dentro”, declarou Lula, com lágrimas nos olhos. Ele relembrou que, aos sete anos, teve suas primeiras experiências com alimento, lutando contra a escassez em sua infância. Essa conexão pessoal com a fome ilustra a urgência de um enfoque que vá além das questões técnicas, demandando um verdadeiro compromisso emocional.
Veja o momento em que Lula se emociona:
A crítica ao investimento insuficiente no combate à fome foi incisiva: “Qual é a alma de um ser humano que, ao discutir o orçamento, ouve falar em dinheiro pra acabar com a fome — e diz: ‘Não pode gastar’?” Para Lula, cuidar da população mais vulnerável não é apenas uma questão de números, mas de humanidade. Ele acrescentou que, se fosse hoje, estaria satisfeito com o legado que está construindo, um exemplo de solidariedade a ser seguido mundialmente.
Essas declarações surgem após a recente notícia de que o Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da ONU, um avanço atribuído à retomada de políticas sociais e à prioridade crescente de segurança alimentar nas diretrizes orçamentárias. O Consea, que Lula reinstalou em seu terceiro mandato, tem sido peça chave na articulação de esforços entre governo e sociedade para combater a pobreza.
“Muito dinheiro na mão de poucos é miséria”
No encerramento de seu discurso, Lula fez um resumo otimista da situação econômica atual, destacando a queda do desemprego e o aumento da massa salarial. Ele comparou a economia a um formigueiro, onde cada pequeno avanço soma-se a um grande esforço coletivo.
“Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza, miséria, prostituição, analfabetismo, desnutrição. Agora, pouco dinheiro na mão de muitos representa exatamente a riqueza que todos nós brigamos todo santo dia”, concluiu, reafirmando seu compromisso em trabalhar por um país mais justo.
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