6 agosto, 2025
quarta-feira, 6 agosto, 2025

Presidentes do Senado e da Câmara reagem a motim bolsonarista e defendem retomada dos trabalhos legislativos

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Em um cenário de conturbação política, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre e Hugo Motta, manifestaram sua indignação diante da obstrução das atividades legislativas por aliados de Jair Bolsonaro. Essa situação foi impulsionada pela prisão domiciliar do ex-presidente decidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Durante o primeiro dia de retorno do recesso parlamentar, os senadores que apoiam Bolsonaro tomaram as mesas diretoras das duas casas, impedindo que as sessões ocorressem.

Alcolumbre condenou essa ação, caracterizando-a como um “exercício arbitrário das próprias razões”, ressaltando que tal comportamento contradiz os princípios da democracia. O presidente do Senado anunciou sua intenção de convocar uma reunião com líderes partidários, buscando restabelecer a normalidade nas atividades legislativas e assegurar que todas as vozes sejam ouvidas. “É fundamental que o bom senso prevaleça para que possamos retornar à regularidade”, disse ele.

Na Câmara, Hugo Motta também se posicionou, enfatizando que é sua responsabilidade, junto aos líderes, definir a pauta de votações. Ele alertou que os interesses da população não devem ser deixados de lado em meio aos embates políticos. Enquanto estava em uma agenda oficial na Paraíba, Motta cancelou a sessão dessa terça-feira e convocou uma reunião de líderes para o dia seguinte, com o objetivo de restabelecer o funcionamento do Legislativo.

A motivação por trás da obstrução é a recente decisão de Moraes sobre a prisão de Bolsonaro, que ocorreu devido ao descumprimento de ordens judiciais. O ex-presidente foi flagrado em vídeos nas manifestações realizadas no último domingo, desrespeitando a proibição de uso de redes sociais imposta pelo STF. Os parlamentares bolsonaristas prometem continuar com a obstrução até que temas como a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment de Moraes sejam debatidos.

O que você pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e participe do debate! Sua opinião é importante.

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