Um novo capítulo polêmico se desenha na política brasileira. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu abrir um processo disciplinar contra o deputado André Janones (Avante-MG) por quebra de decoro parlamentar. A medida tem origem em uma declaração considerada homofóbica que Janones dirigiu ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em uma discussão acalorada ocorrida no dia 9 de julho de 2025.
Na ocasião, sua referência ao colega como “Nikole” gerou repercussões negativas, levando à suspensão preliminar de seu mandato por 90 dias, que ainda está em vigor. A mesa diretora da Câmara caracterizou a postura de Janones como “incompatível com a dignidade do mandato e do próprio Parlamento”, afirmando que o ato ultrapassou os limites da liberdade de expressão.
O presidente da comissão, Fabio Schiochet (União-SC), procedeu ao sorteio de uma lista com três potenciais relatores para investigar o caso: Júlio Arcoverde (PP-PI), Zé Haroldo Catedral (PSD-RR) e A.J Albuquerque (PP-CE). A escolha do relator será feita pelo presidente da comissão, que terá um prazo de dez dias úteis para apresentar um parecer preliminar, recomendando o arquivamento ou o prosseguimento da denúncia.
Se o processo avançar, o relator elaborará um novo documento, onde poderá solicitar a absolvição de Janones ou a aplicação de alguma punição. Se o Conselho de Ética optar pela suspensão ou cassação do mandato, a decisão será submetida a votação no plenário da Câmara, trazendo à tona um debate acirrado sobre a ética na política.
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