Nos bastidores da política baiana, a disputa pelo controle do PRD se intensifica, envolvendo o deputado federal Elmar Nascimento (União) e o presidente Francisco Elde, considerado um pupilo de Bruno Reis. O clima é de agitação, mas as promessas feitas aos pré-candidatos a deputado estadual parecem mais devaneios do que realidades sólidas.
Elmar busca transformar o PRD em uma plataforma para seu projeto de poder, oferecendo a novos filiados a miragem de 10 a 15 mil votos garantidos e cifras robustas do fundo eleitoral. Contudo, essa estratégia revela-se insustentável, especialmente para alguém que ainda enfrenta desafios para consolidar a reeleição de seu primo, o deputado estadual Júnior Nascimento, que obteve um resultado apertado na última eleição.
Júnior chega ao PRD ciente de que o cenário político se torna cada vez mais competitivo. Ex-prefeitos da sua região, como Luciano Pinheiro (PDT) e Dr. Thiago Gilleno (PSD), são pré-candidatos com força eleitoral e já avançam sobre suas bases, criando um clima de fragilidade em torno de sua candidatura.
Para compor esse quadro desafiador, a entrada dos deputados Marcinho Oliveira (União) e Paulo Câmara (PSDB) no PRD promete elevar a disputa interna. Marcinho, considerado um forte concorrente, pode fragilizar ainda mais as chances de reeleição de figuras com mandato. Essa situação levanta dúvidas sobre a viabilidade das promessas feitas a novos filiados em um partido que já luta para garantir a reeleição de seus membros atuais.
Enquanto isso, Bruno Reis, embora também envolvido na disputa pelo PRD, demonstra desconfiança em relação ao partido. Seu candidato, Ígor Domingues, é cogitado como um possível filiado ao PL, sinalizando que, sob a liderança de Elmar, o PRD pode ser percepcionado como promessas vazias, sem viabilidade eleitoral.
Portanto, a luta pelo PRD parece mais um jogo de poder entre os protagonistas do que um esforço para construir algo sólido. A pergunta que permanece é: os novos filiados perceberão que, no PRD de Elmar, o espaço pode ser escasso até mesmo para os da família? Compartilhe suas impressões e opine sobre os futuros desdobramentos dessa disputa. Sua voz é importante!