No cenário atual, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a urgência de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65. Segundo ele, essa medida é crucial para assegurar a autonomia financeira e orçamentária da autarquia, evitando que o BC se torne “vítima das próprias entregas”, especialmente em relação ao crescimento de custos associados ao Pix. Durante sua fala na Blockchain Rio, no Rio de Janeiro, Galípolo enfatizou: “Devemos avançar em reformas para que o Banco Central mantenha sua capacidade de oferecer inovações de alta qualidade.”
A proposta, que está estagnada desde o ano passado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, precisa da validação de sugestões da autoridade monetária para seguir adiante. Galípolo notou que atualmente, gastar com tecnologia já está próximo de consumir metade do orçamento do Banco Central, e até 70% desse investimento está relacionado à manutenção dos sistemas inovadores, como o Pix. Ele rebateu preocupações sobre os efeitos negativos da aprovação da PEC, afirmando que o que realmente importa é garantir um ambiente propício para o avanço contínuo das inovações.
“Diversas narrativas distorcidas têm surgido, mas a realidade é que precisamos fortalecer o arcabouço institucional, financeiro e orçamentário do BC. Dessa forma, podemos continuar a sustentar a excelência dos serviços prestados à população”, concluiu Galípolo, alertando para a pressão que a falta de recursos pode exercer sobre o orçamento da autarquia.
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