Zeca Pagodinho, um dos ícones do samba brasileiro, expressou sua profunda tristeza nas redes sociais ao anunciar o falecimento de seu amigo e compadre, Arlindo Cruz. O cantor, que há anos enfrentava complicações após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2017, partiu neste dia 8 de agosto.
Em um vídeo tocante, Zeca destacou a necessidade de Arlindo descansar após tanto sofrimento: “Morre hoje o meu compadre, meu parceiro, meu amigo Arlindo Cruz. Que Deus te receba de braços abertos. Você sofreu muito, agora precisa descansar um pouco. Vai com Deus, meu compadre.” Sua declaração foi um reflexo da dor de perder alguém tão próximo.
Em entrevista anterior, Zeca revelou que nunca visitou o amigo após o AVC, mantendo viva na memória uma imagem deles juntos durante um show. “Eu tenho na minha sala uma foto da gente, e é essa imagem que eu quero guardar,” explicou. Ele demonstrou não apenas sua tristeza, mas também a esperança de que um dia Arlindo pudesse ligar e dizer: “Sou eu, vem aqui.” Para Zeca, essa lembrança era mais confortante do que enfrentar a realidade atual de seu amigo.
Arlindo Cruz, nascido e criado no subúrbio carioca, começou sua carreira musical aos seis anos, integrando o famoso grupo Fundo de Quintal. A fama nacional veio com sucessos como “Meu Lugar” e “O Show Tem Que Continuar”, até que, nos anos 2000, decidiu seguir carreira solo. Sua contribuição ao samba é imensurável, incluindo sambas enredo memoráveis para grandes escolas de samba e colaborações com artistas renomados.
Além de seus talentos artísticos, Arlindo enfrentou uma batalha pessoal notável contra o vício em drogas, especialmente a cocaína. O livro “O Sambista Perfeito” revela que ele tentou se recuperar várias vezes. Perto do AVC, segundo seu filho Arlindinho, Arlindo havia conseguido reduzir significativamente seu consumo.
Essa despedida não é apenas a perda de um grande artista, mas a lembrança de uma trajetória de vida repleta de desafios e conquistas. Zeca e muitos outros continuarão a celebrar a memória e o legado de Arlindo Cruz.
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