
Recentemente, a associação BrazilLAB emitiu um comunicado para esclarecer sua relação com Erez Yerushalmi, tenente-coronel das Forças de Defesa de Israel (FDI). Yerushalmi não é apenas um militar, mas também um empreendedor ativo no setor de tecnologia, com diversas conexões no campo da inovação no Brasil.
Além de sua carreira militar, Yerushalmi atuou como mentor da BrazilLAB, uma plataforma que visa conectar empreendedores tecnológicos a líderes políticos brasileiros, promovendo a modernização dos serviços públicos. Contudo, seu papel como chefe do 8105º Batalhão das FDI, que esteve envolvido na destruição de Beit Hanoun, tem gerado polêmica e críticas internacionais sobre as operações militares em Gaza, objeto de investigações da ONU por possíveis crimes de guerra.
No comunicado, a associação esclarece que Yerushalmi não tem laços ativos com a BrazilLAB, reconhecendo sua participação como mentor em eventos passados, particularmente em uma palestra de 2018, mas desde então não houve mais interações. “Recebemos com surpresa as acusações recentes, que mencionam fatos de 2024 e 2025, muito posteriores ao nosso último contato em 2018”, destacam.
Erez Yerushalmi é um nome presente em registros oficiais das FDI, atuando no 8105º Batalhão da 646ª Brigada de Paraquedistas. Este agrupamento tem uma história recente marcada por conflitos intensos em Gaza. Desde a reescalada do conflito em outubro de 2023, Beit Hanoun tornou-se um dos principais focos de operações, resultando no deslocamento forçado de cerca de 65 mil civis.
As últimas atualizações sobre a atuação de Yerushalmi nas redes sociais foram registradas em abril de 2024, o que gera incerteza sobre sua participação direta na recente operação em Beit Hanoun. Entretanto, o atual comandante do batalhão que ele lidera foi mencionado em uma entrevista, onde discutiu as ações em curso na região, afirmando que os bairros de Beit Hanoun estão sendo sistematicamente destruídos com o uso de equipamentos de engenharia. O argumento apresentado pela FDI é de que essas operações visam eliminar elementos do Hamas e destruir supostos túneis utilizados por terroristas.
Com a crescente controvérsia em torno das atividades de Yerushalmi e a destruição associada a seu batalhão, sua atuação no setor tecnológico brasileiro tem gerado questionamentos. Organizações como a PAL Commission estão buscando formas de promover direitos humanos em favor da população palestina, lançando luz sobre as interconexões entre os setores militar e empresarial.
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