Na última quinta-feira, dia 7, o mundo se despediu de Jim Lovell, o astronauta que aos 97 anos deixou um legado incomensurável no campo da exploração espacial. Conhecido por ter comandado a Apollo 13, sua famosa missão de 1970, Lovell se tornou um dos grandes heróis da história da NASA, cuja jornada dramática foi acompanhada por milhões ao redor do globo.
A NASA confirmou a triste notícia na sexta-feira, 8, elogiando sua trajetória monumental: “De um par de missões pioneiras nos voos Gemini aos sucessos da Apollo, Jim Lovell ajudou a desbravar caminhos históricos para novas missões, como as Artemis rumo à Lua e além”.
A trajetória impressionante de Jim Lovell
O fascínio de Lovell pela aviação começou cedo. Após ingressar na Marinha dos Estados Unidos e se tornar piloto de testes, ele se formou em engenharia pela Universidade de Wisconsin-Madison. Em 1962, foi selecionado como astronauta pela NASA, integrando o famoso grupo dos “New Nine”, a segunda leva de astronautas do programa espacial americano.
Sua primeira missão, a Gemini 7 em 1965, rendeu um histórico voo de 14 dias no espaço, um recorde na época, além do primeiro encontro entre duas naves espaciais. O ano seguinte trouxe o comando da Gemini 12, onde consolidou técnicas cruciais para futuras missões lunares.
Em 1968, Lovell integrou a Apollo 8, a primeira missão tripulada a orbitar a Lua. Junto a Frank Borman e William Anders, ele foi um dos primeiros a observar a Terra em sua totalidade do espaço, um momento épico que culminou no famoso “nascer da Terra”. Essa missão se tornou uma virada crucial na corrida espacial entre os EUA e a União Soviética.
No entanto, foi a Apollo 13, em 1970, que consagrou Lovell. Ele deveria ser o quinto homem a pisar na Lua, mas uma explosão no tanque de oxigênio da nave mudou tudo. Junto a Jack Swigert e Fred Haise, enfrentaram condições extremas, como a falta de energia e água, além do risco de intoxicação por CO₂. Graças à habilidade da equipe em terra e à liderança de Lovell, a missão transformou-se em um “fracasso bem-sucedido”, garantindo um retorno seguro à Terra.

Após sua aposentadoria em 1973, Lovell dedicou-se ao setor privado, onde trabalhou em telecomunicações e energia. Em 1994, lançou o livro “Lost Moon”, rebatizado como “Apollo 13” após o sucesso do filme. Sua história inspirou o icônico longa-metragem de 1995, protagonizado por Tom Hanks.
Jim Lovell deixa um legado indelével, não apenas na exploração espacial, mas também como um símbolo de resiliência e coragem. Que sua história continue a inspirar as futuras gerações de sonhadores e exploradores. O que você mais admira na trajetória de Lovell? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo!