Uma nova luz surge para quilombos, terreiros e outros espaços culturais de matriz africana. A iniciativa dos Ministérios da Cultura e Comunicação, chamada Cultura Conectada, promete transformar a realidade digital dessas comunidades ao oferecer computadores recondicionados e letramento digital. Lançada em 8 de agosto no Forte Capoeira, em Salvador, a ação visa a inclusão digital de populações historicamente excluídas, reunindo esforços dos ministros Margareth Menezes e Frederico de Siqueira.
Durante o evento, Margareth enfatizou a importância dessa iniciativa: “Essas ferramentas são fundamentais para emancipação, geração de emprego e renda. Queremos que cada um tenha acesso ao ambiente digital para se fortalecer culturalmente.” O programa abrange ainda o mapeamento nacional dos quilombos conectados e a valorização dos saberes tecnológicos afro-brasileiros.
Comunidades interessadas em participar podem se candidatar a partir de 22 de agosto, data simbólica em que a Fundação Cultural Palmares celebra 37 anos. João Jorge, presidente da fundação, esclarece que os critérios para seleção considerarão a densidade populacional negra, além da vulnerabilidade e histórico das instituições locais. “Estamos empolgados por conectar os brasileiros mais excluídos do digital. A educação e a formação são essenciais para que esses grupos saiam do isolamento”, diz ele.
Reconhecendo os desafios de conectividade, Frederico de Siqueira reiterou a importância de não só entregar computadores, mas também de garantir um acesso ágil à internet. “A inclusão social não pode existir sem a inclusão digital. Estamos mapeando as áreas que mais necessitam dessa transformação”.
O programa abrange diversos grupos, priorizando setores culturais e beneficiários de ações afirmativas. A parceria com o projeto Computadores para Inclusão é um dos pilares dessa iniciativa, proporcionando a doação de equipamentos e inclusão digital em todo o Brasil.
Durante a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT), as duas pastas firmaram um compromisso que vai além do eixo Afro-Digital: o programa também contempla a área Cultura Viva Conectada, trabalhando pela inclusão digital em Pontos de Cultura em todo o país.
Essa é uma oportunidade única de conectividade e inclusão que pode transformar vidas e fortalecer comunidades. O que você acha dessa iniciativa? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe essa notícia!