Neste sábado (9 de agosto), os associados do Sport Club Corinthians Paulista se reúnem novamente na sede social do clube, localizada no emblemático Parque São Jorge, na zona leste de São Paulo, para decidir o destino de Augusto Melo. O atual vice-presidente do clube enfrenta um voto de impeachment definitivo, após ter sido afastado em uma votação anterior marcada por intenso debate e controvérsias.
O imbróglio começou em maio, quando o Conselho Deliberativo decidiu, com 176 votos a favor e 57 contrários, afastar temporariamente o presidente. Agora, a nova votação se desenha como um ponto crítico: será que Melo conseguirá reconquistar a confiança dos sócios, ou seu afastamento se tornará permanente?
A pressão é palpável. A principal torcida organizada do clube, Gaviões da Fiel, convocou seus integrantes para votarem e prometeu realizar uma manifestação pacífica — porém firme — demonstrando que não tolera mais as alegações de contrariedades e ilegalidades nas gestões do clube. A diretoria da torcida não esconde a sua posição, afirmando que a permanência de Melo é “insustentável” e que os indícios que o tornaram réu no Ministério Público de São Paulo exigem sua saída imediata.
Recentemente, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, afirmou que o Corinthians “vai parar” se Melo for novamente reconduzido ao cargo. Essa declaração ressoou entre os sócios, que se veem diante de uma escolha que poderá redesenhar o futuro do clube.
As polêmicas não param por aí. A investigação policial em torno de um polêmico contrato de patrocínio entre o Corinthians e a empresa de apostas Vai de Bet trouxe à tona sérias questões de corrupção, levando Melo e outros ex-dirigentes a serem indiciados por crimes graves, como associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A defesa de Melo afirmou com veemência que está determinada a combater essas alegações, considerando-as parte de um “processo kafkiano e ilegal”. A expectativa é que eles apresentem habeas corpus, buscando transferir a investigação para o âmbito da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Em suas declarações, Melo permanece confiante, reiterando seu compromisso em retomar as rédeas financeiras do clube.
Com o cenário se intensificando, o Ministério Público estima que o esquema de corrupção pode ter causado prejuízos superiores a R$ 40 milhões ao Corinthians. Para que esses danos sejam reparados, o órgão requisitou que todos os acusados desembolsassem essa quantia, além de solicitar o sequestro de bens dos réus.
Enquanto o clube vive essa verdadeira novela, as defesas insistem em sua inocência, afirmando que as alegações são infundadas e que, de fato, os contratos firmados seguiram todos os trâmites regulares.
No entanto, o clima se torna cada vez mais tenso. Denúncias anônimas relatam que Melo chegou a ser ameaçado de morte devido a dívidas provenientes das campanhas eleitorais que o levaram ao cargo. Ele teria, portanto, que estar em constante alerta, até mesmo utilizando colete à prova de balas.
Com tudo isso em jogo, o que acontecerá ao Corinthians e ao seu presidente? A decisão dos associados será fundamental para determinar o futuro do clube e de sua gestão. Quais são suas expectativas para essa votação? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe desse debate que envolve não apenas o Corinthians, mas todo o universo do futebol paulista.