Em um idílico condomínio de chácaras no interior de São Paulo, o senador Alexandre Giordano (MDB-SP) se vê no meio de um furacão de acusações e desentendimentos com vizinhos. Localizado em Morungaba, o Residencial Fazenda São Silvano, uma propriedade de alto padrão com 63 lotes, tornou-se o palco de uma disputa envolvendo ameaças, alegações de falsidade ideológica e até possíveis irregularidades em um contrato de abastecimento de água, que aparentemente favorece seu filho.
O condomínio, fundado em 2006, abriga moradores influentes, incluindo executivos e políticos, em uma área servida por um elegante restaurante e uma vila hípica. No entanto, a serenidade do lugar foi rompida por um conflito que se intensificou a ponto de exigir intervenção policial. Giordano, que presidiu a associação de moradores de 2020 a 2024, agora é alvo de denúncias que colocam em cheques sua gestão e integridade.
Recentemente, vizinhos alegaram que o fornecimento de água no condomínio é feito de forma injusta e seletiva. A Sabesp não atende a região por se tratar de uma zona rural, e a preocupação com a escassez de água aumentou desde que a fonte de abastecimento secou, um ocorrido que coincide com o comando de Giordano na associação. Em resposta às queixas, o senador revelava sua indiferença ao problema, alegando que isso não afetava sua vida, mas que visivelmente a dependência dos moradores à sua infraestrutura familiar era clara.
“Acho que o condomínio inteiro paga R$ 1 mil, R$ 900 [de água]. O condomínio inteiro, entendeu? Nem me interessa isso. Eu corto a água… porque eles dependem da minha estrutura familiar e a gente não depende deles”, disse Giordano.
Além do conflito sobre o abastecimento de água, as finanças do condomínio também estão sob suspeita. Um ex-contador da gestão de Giordano questionou despesas relativas à compra de caixas d’água e serviços de perfuração de poços, argumentando que não houve aprovação em assembleias. A situação ficou ainda mais complicada quando os moradores tentaram confrontar Giordano sobre o uso de verba parlamentar em um posto de gasolina e contratos com empresas de sua família, especialmente a do seu filho, que gerou custos elevados sem esclarecimento adequado aos moradores.
A contenda não parou por aí. O senador foi acusado de intimidar o presidente da associação em assembleias passadas e de tentar controlar os destinos da propriedade comum do condomínio. Após adquirir áreas vizinhas, Giordano ampliou seu poder de voto, o que lhe permitiu voltar a discutir e decidir sobre questões cruciais do local, como a venda de uma área de lazer. Relatos sugerem que o valor pago para essa compra foi muito aquém do real, com moradores afirmando que essa operação foi resultado de um “favor”, levando muitos a se perguntarem sobre a verdadeira intenção do senador.
Agora, o cenário se torna ainda mais tenso com a investigação em andamento a respeito de denúncias de falsidade ideológica sobre o funcionamento da associação. Confusões entre atas e uma guerra de versões marcam essa disputa, refletindo uma luta pelo controle que muitos moradores dizem estar comprometendo a qualidade de vida no condomínio, que antes era um refúgio tranquilo.
As vozes dos moradores estão crescendo, e a questão que fica é: até onde esta briga vai? O que deveria ser um lar se tornou uma arena de discórdias. Para você, qual é a melhor solução para resolver esse impasse? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo!