Em um momento crítico, o Brasil se prepara para anunciar um plano de contingência que promete ajudar os setores duramente atingidos pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que a divulgação ocorrerá até terça-feira (12).
Ao longo de uma entrevista, Alckmin expôs que a estratégia incluirá parâmetros específicos para avaliar a variação de exportações em diferentes setores. Essa abordagem permitirá um socorro mais direcionado e eficaz às empresas que sofrem com a tarifa exorbitante de 50% aplicada sobre produtos brasileiros pelo governo de Donald Trump.
O plano foi discutido com o presidente Lula, que finalizou sua análise na noite anterior. A expectativa é que, após o aval de Lula, a divulgação do plano ocorra na terça-feira, podendo ser antecipada para segunda, conforme as circunstâncias.
Alckmin enfatizou a necessidade de um foco apurado, visando atender aqueles setores que mais sentem os efeitos das tarifas. Ele explicou que há grandes discrepâncias na proporção de exportações de diferentes indústrias, e essa variabilidade será um crítico parâmetro para a avaliação do impacto econômico.
“Existem setores onde 90% da produção é consumida internamente, enquanto outros dependem da exportação em níveis muito mais altos. Precisamos reconhecer essa diferença para oferecer um suporte adequado,” declarou Alckmin.
Um exemplo mencionado por Alckmin foi o setor de pescados, que requer uma análise minuciosa das características do mercado. Ele disse que, mesmo dentro de uma mesma categoria, há produtos com níveis distintos de exposição às exportações para os Estados Unidos. Enquanto a tilápia é consumida majoritariamente no Brasil, o atum tem uma fatia significativa voltada para o mercado externo.
Em relação às relações bilaterais, Alckmin não se aprofundou sobre sua reunião com o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, mas se referiu ao encontro como “muito bom.” Este encontro ocorreu antes de Escobar visitar a Câmara dos Deputados, sugerindo um interesse contínuo do governo americano nas relações comerciais com o Brasil.
Por fim, Alckmin abordou sua reunião com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, destacando que esse setor também sentirá o impacto do tarifaço, especialmente na produção de couro, onde mais de 40% é destinado à exportação.
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