A tensão entre os Estados Unidos e o Brasil intensificou-se na última semana. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tornou-se o alvo das críticas do governo americano, em um clima de crescente descontentamento internacional. Em postagens na rede social X, o vice do Departamento de Estado dos EUA, Christopher Landau, e a Embaixada Americana no Brasil emitiram declarações contundentes, insinuando que “um juiz” estaria “usurpando o poder” da Corte, sem mencionar Moraes diretamente.
A resposta do governo brasileiro foi imediata e firme. O Itamaraty considerou as críticas como um ataque à soberania nacional, enfatizando que o Brasil não se deixará intimidar por pressões externas, independentemente de sua origem. O país se orgulha de sua democracia, que resistiu a tentativas de golpe e continuará a defender seus princípios.
A embaixada dos EUA, em um tom similar, reforçou a importância da separação dos poderes no Brasil, afirmando que essa estrutura está ameaçada. O comunicado destaca que a atuação de um único ministro do STF poderia ser interpretada como um ato de usurpação de poder, afetando diretamente a relação histórica entre Brasil e Estados Unidos. A mensagem expressou preocupação com a possibilidade de um juiz, não eleito, influenciar de maneira decisiva o futuro do país.
A separação dos poderes de um Estado é a maior garantia de liberdade já concebida pela humanidade. Nenhum poder, nem mesmo uma pessoa, pode acumular autoridade excessiva se for controlada pelos demais. Mas uma separação formal não significa nada se um dos poderes tiver meios de… https://t.co/CjJolkmYxn
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) August 9, 2025
Essa crise de comunicação veio à tona no dia seguinte à visita do encarregado de Negócios da Embaixada, Gabriel Escobar, ao Itamaraty, onde ele foi convocado para explicar uma nota anterior que continha ameaças a aliados de Moraes. As sanções, anunciadas recentemente pelo governo americano contra Moraes, que o incluem na lista da Lei Magnitsky, apenas exacerbam o desentendimento entre as nações, enquanto o governo americano expressa desejo de restaurar a amizade com o Brasil.
Esse é um momento crítico para a diplomacia, onde o diálogo e a compreensão se fazem mais necessários do que nunca. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas opiniões nos comentários e participe da discussão!