Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) uniu forças com a farmacêutica EMS em uma parceria estratégica de grande relevância para a saúde pública. Essa colaboração visa a produção nacional de medicamentos essenciais, como a liraglutida e a semaglutida, em um movimento que promete transformar o cenário do tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade no Brasil.
Orientadas pela transferência de tecnologia do laboratório Novo Nordisk, essas canetas emagrecedoras, que requerem aplicação diária, serão produzidas inicialmente na unidade da EMS em Hortolândia (SP), antes de se mudarem para o Complexo Tecnológico de Medicamentos da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Segundo Silvia Santos, diretora de Farmanguinhos, esta iniciativa é um passo crucial para fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde do país, ampliando a capacidade de fabricação de medicamentos injetáveis.
Liraglutida e semaglutida têm como função mimetizar o hormônio GLP-1, essencial para a regulação da insulina, controle da digestão e sensação de saciedade. Enquanto a liraglutida é aplicada diariamente, a semaglutida simplifica o tratamento com uma dose semanal, apresentando resultados ainda mais significativos na perda de peso.
Com esta produção nacional, a Fiocruz pretende não apenas reduzir custos, mas também facilitar a incorporação dessas terapias no Sistema Único de Saúde (SUS), tornando os tratamentos mais acessíveis à população. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a fabricação pública deve ampliar o acesso a esses medicamentos, uma vez que sejam aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
Além disso, com a expiração da patente da semaglutida prevista para 2026, a parceria entre Fiocruz e EMS irá abrir caminho para o lançamento de versões genéricas, promovendo uma saudável competição no mercado e ampliando a oferta de tratamentos eficazes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também está atenta a esta movimentação, buscando atrair mais empresas para fortalecer a produção local dessas terapias.
Essa cooperação representa não apenas um avanço tecnológico, mas uma verdadeira revolução no acesso à saúde para milhões de brasileiros que necessitam de tratamentos para diabetes tipo 2 e obesidade. A produção local desses medicamentos reafirma o compromisso do Brasil com a inovação e a economia de saúde pública.
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